INSS planeja substituir jornada fixa e servidores batem o pé

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), junto ao Governo Federal, surpreendeu os servidores ao propor mudanças no Programa de Gestão e Desempenho (PGD). O objetivo é substituir a carga horária de oito horas com metas de produtividade. 

INSS planeja substituir jornada fixa e servidores batem o pé
Imagem: Jeane de Oliveira / FDR

 

É preciso entender que o sistema utilizado atualmente pelo INSS, é estabelecido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A possível mudança já está gerando críticas entre os servidores e os sindicatos. 

Caso a mudança seja definida, os servidores precisarão atender metas de produtividade e poderão sofrer com punições, que incluem processos administrativos e descontos nos salários, caso não atinjam as metas estabelecidas. Essas punições não estão previstas na legislação atual. 

Entenda a substituição da jornada de trabalho dos servidores do INSS

  • O governo federal, por meio do INSS, propôs alterações no Programa de Gestão e Desempenho (PGD), substituindo a jornada de trabalho fixa por metas de desempenho;

  • A proposta elimina a carga horária de oito horas diárias, estabelecida pela CLT desde 1943, e passa a exigir que os servidores cumpram metas de produtividade;

  • As novas mudanças já estão gerando críticas de sindicatos, que enxergam a medida como prejudicial para os trabalhadores;

  • Líderes sindicais alertam que a mudança pode aumentar o assédio moral e a pressão sobre os trabalhadores para atingir as metas.

  • O novo PGD prevê punições para os servidores que não atingirem as metas, incluindo processos administrativos e descontos nos salários

  • Para servidores em teletrabalho, a mudança prevê um aumento em 30% nas metas, e a proposta transfere a responsabilidade pela infraestrutura de trabalho para os próprios servidores;

  • A transferência de custos para os servidores, especialmente no teletrabalho, é considerada ilegal pelas entidades sindicais; 

  • A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) afirmou que considera ser inviável atingir às metas. “O INSS enfrenta sérios problemas estruturais, como sistemas lentos e falta de pessoal, o que torna a cobrança de metas ainda mais difícil”.

Outras informações sobre o INSS estão disponíveis no FDR.

Marina Costa SilveiraMarina Costa Silveira
Jornalista formada pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Com experiência em redação, redes sociais e marketing digital. Atualmente, cursando o MBA em Marketing, Branding e Growth pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).