Com a chegada do pagamento da segunda parcela do abono natalino, em 20 de dezembro, cresce o foco em campanhas para renegociação de dívidas com o uso do 13º salário. Empresas e instituições intensificam ações para atrair consumidores interessados em regularizar pendências financeiras.
Entre os principais feirões realizados, destacam-se o da Febraban, encerrado em novembro, e o do Serasa, que em parceria com os Correios segue até 20 de dezembro. Já o feirão promovido pelos Procons estende as oportunidades de renegociação de dívidas com o uso do 13º salário até 17 de janeiro, ampliando o prazo para os consumidores.
A renegociação de dívidas tem movimentado o feirão da Serasa, que registrou 180 mil acordos diários desde o início da 32ª edição, em 28 de novembro. Até agora, 9,5 milhões de dívidas foram renegociadas, com pico de 458 mil acordos em 29 de novembro, um recorde histórico.
Os maiores volumes de dívidas negociadas envolvem Securitizadoras (24,07%), Bancos e Financeiras (23,07%) e Empresas de Telecomunicação (21,51%). Segundo a Confederação Nacional do Comércio, 29,4% das famílias brasileiras estavam endividadas em novembro, reforçando a importância dessas iniciativas.
Como fazer a renegociação de dívidas com o uso do 13º salário?
A renegociação de dívidas com o uso do 13º salário pode ser realizada online, diretamente no site da empresa, que orienta os consumidores a se protegerem contra fraudes. Outra opção é o atendimento presencial em agências dos Correios, que disponibilizaram 10 mil unidades para a campanha.
Em novembro, as agências dos Correios realizaram mais de 133 mil atendimentos relacionados à renegociação de dívidas. Os consumidores podem verificar endereços e horários de funcionamento no site oficial da estatal, garantindo praticidade no processo.
Um levantamento revelou que 31% dos brasileiros que se planejaram para o uso do 13º salário pretendem destiná-lo à renegociação de dívidas com o uso do 13º salário. A estimativa é que 2 milhões de débitos sejam quitados com essa estratégia, aliviando o orçamento familiar.
De acordo com o Dieese, o 13º salário injetará R$ 321,4 bilhões na economia em 2024. Cada trabalhador receberá, em média, R$ 3.096,78, considerando as duas parcelas, reforçando o impacto dessa renda extra na quitação de pendências financeiras.