Burger King é alvo de processo por campanha de Pix de R$ 0,01; entenda a polêmica

O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) notificou o Burger King sobre a campanha “Pix de 1 centavo”, que foi realizada em novembro. O motivo é que os dados dos consumidores que participam do programa de fidelidade do fast food foram expostos indevidamente. 

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Burger King é alvo de processo por campanha de Pix de R$ 0,01; entenda a polêmica
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

Em novembro, devido a campanha de Black Friday, o Burger King lançou uma campanha promocional dedicada aos clientes que participam do seu programa de fidelidade. Eles realizavam transferências via PIX na conta dos clientes, mas com mensagem publicitária.

A partir disso, o consumidor conseguia adquirir duas unidades dos BK Franguinhos por R$ 0,25. No entanto, o Idec listou uma série de problemas nessa campanha que vão contra os direitos do consumidor e que foram prejudiciais ao cliente. 

Como funcionava a campanha de PIX do Burger King?

No seu Instagram o Burger King lançou a campanha “Pix de 1 centavo”, a peça publicitária informava que:

  • O consumidor deveria mandar uma mensagem via WhatsApp para a rede de fast food com a mensagem “Faz o PIX aí”;
  • Um robô é quem cordenava a conversa e pedia a chave PIX do cliente;
  • Ao informar qual a sua chave, a transferência no valor de R$ 0,01 era realizada e acompanhava uma mensagem com o aviso da promoção;
  • Já no App do BK o consumidor conseguia encontrar a oferta de dois sanduíches de frango por R$ 0,24. Na verdade o produto saía por R$ 0,23 considerando o valor dado pelo restaurante. 

Por que a campanha do Burger King foi contra os direitos do consumidor?

O processo contra o Burger King foi protocolado junto a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon) e Secretaria de Direitos Digitais do Ministério da Justiça (Sedigi) do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

“A empresa utilizou de forma indevida os dados pessoais dos consumidores para, agressivamente, enviar mensagens promocionais em um meio inesperado, no caso, o seu extrato bancário”, disse Luã Cruz, coordenador do programa de telecomunicações e direitos digitais do Idec, à CNN Brasil. 

São citados problemas como:

  • Os consumidores não foram avisados de que receberiam propaganda em forma de mensagem pelo PIX;
  • Seus dados foram expostos irregularmente;
  • Consideração de prática de marketing agressivo e invasivo.