Imposto de Renda 2025: quem declara, isenções e regras para o próximo ano

O Imposto de Renda 2025 sofrerá modificações que podem proporcionar um rompimento para os contribuintes obrigados a declarar o tributo anualmente. Essas mudanças têm como objetivo reduzir o impacto financeiro para milhões de brasileiros.

O Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) é um dos tributos mais relevantes no Brasil, responsável por financiar áreas essenciais como saúde, educação e segurança pública. Por isso, as configurações no sistema têm grande importância.

Em 2025, estão em discussão reformas que visam tornar a cobrança mais equitativa, com foco na redução da carga tributária sobre a população trabalhadora. Essas mudanças foram antecipadas pelo governo, ainda durante o início do mandato.

As possíveis alterações no Imposto de Renda 2025 incluem a revisão da tabela progressiva e a ampliação da faixa de isenção, o que pode resultar em impacto direto nas finanças dos contribuintes. 

Quem precisa declarar o Imposto de Renda 2025?

Embora o Imposto de Renda 2025 traga mudanças, muitos contribuintes ainda precisarão declarar o imposto. As regras atuais estabelecem que a declaração é obrigatória para quem se enquadrar em determinadas condições.

Quem recebe rendimentos tributáveis ​​anuais superiores a R$ 30.639,90 ou teve rendimentos isentos acima de R$ 40.000,00 deve declarar. Além disso, quem fez transações na Bolsa de Valores ou possui bens que ultrapassaram R$ 300.000,00 também estão obrigados.

Outras situações que exigem a declaração incluem a obtenção de receita bruta acima de R$ 142.798,50 em atividades rurais ou a venda de imóveis residenciais com autorização do imposto para a compra de outro imóvel no Brasil. O não cumprimento dessas obrigações pode resultar em multas e juros.

Quem não precisa declarar o Imposto de Renda 2025?

Com as propostas em discussão para o Imposto de Renda 2025, algumas pessoas poderão ser isentas da declaração e do pagamento do tributo. A nova medida prevê a isenção para grupos específicos, caso seja aprovada.

Trabalhadores que recebem até R$ 5.000,00 por mês poderão ser dispensados ​​da declaração, dependendo da aprovação da nova faixa de isenção. Além disso, aqueles com rendimentos anuais abaixo de R$ 30.639,90 também continuarão isentos, conforme a regra atual.

Aposentados, pensionistas ou reformados por invalidez, desde que dentro do limite de isenção, também terão direito à isenção. Pessoas com doenças graves, como câncer, HIV ou cardiopatia, poderão ser atendidas mediante apresentação de laudo médico. Essas mudanças têm o potencial de beneficiar milhões de brasileiros, tornando o processo mais simples e reduzindo a quantidade de declarações obrigatórias.

Proposta de isenção do Imposto de Renda 2025

O governo Lula anunciou mudanças importantes na faixa de isenção do IR. Essas alterações fazem parte da reestruturação fiscal e do novo pacote de ajuste econômico do governo. A principal novidade é que trabalhadores, aposentados, pensionistas do INSS e servidores públicos com renda de até R$ 5.000 ficarão isentos da cobrança.

Atualmente, a isenção do IR abrange apenas quem recebe até dois salários mínimos, e quem ganha mais de R$ 50 mil verá um aumento na tributação. Para equilibrar as mudanças no tributo, o ministro Fernando Haddad decidiu restringir a isenção de impostos para aposentados com doenças graves, que ganham acima de R$ 20 mil, afetando a faixa de isenção do IR. 

A medida visa ajustar as despesas com saúde, que impactam diretamente o imposto devido. Haddad e sua equipe econômica garantem que essa mudança não afetará o direito à dedução de gastos médicos. Embora as deduções não tenham um limite de valor, elas precisam seguir regras específicas, sendo um dos principais motivos de malha fina do IR.

Por que o governo quer ajustar a taxa de isenção do Imposto de Renda 2025?

As alíquotas do Imposto de Renda, como ocorre na maioria dos países, são progressivas, ou seja, aumentam conforme a renda do contribuinte. Isso faz sentido, já que o imposto sobre um acréscimo de um real no salário deve variar de acordo com o rendimento.

No entanto, a alíquota de 37,7% para uma faixa intermediária de renda é questionável. Ela surgiu devido à proposta de isentar quem ganha até R$ 5.000 e não aumentar a carga tributária de quem recebe até R$ 50 mil, resultando em uma solução improvisada.

O raciocínio por trás dessa estrutura é simples, e é difícil acreditar que o Ministério da Fazenda não tenha previsto esses impactos. Parece que a opção por essa abordagem foi uma escolha sem muitas alternativas.

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Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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