A proposta de alteração na regra de valorização do salário mínimo de 2025, incluída no pacote fiscal do governo, poderá gerar uma economia de R$ 5,2 bilhões. O projeto, feito pelo economista Tiago Sbardelotto, da XP, e divulgado pelo portal O GLOBO, leva em consideração a recente revisão do PIB divulgada pelo IBGE. A aprovação da medida ainda depende do aval do Congresso Nacional.
Inicialmente, a projeção era de uma economia de R$ 2,2 bilhões, mas o novo projeto foi ajustado após o PIB de 2023 ser revisado de 2,9% para 3,2%. Sem o pacote fiscal, o reajuste do salário mínimo de 2025 seria maior, já que segue a inflação acumulada pelo INPC e o crescimento do PIB de dois anos antes.
A regra de valorização do salário mínimo de 2025, retomada pelo presidente Lula, cumpre uma promessa de campanha interrompida na gestão anterior. Durante o governo Jair Bolsonaro, o piso foi reajustado apenas pela inflação, mas agora, devido ao impacto nas contas públicas, a equipe econômica propõe limitar esse aumento.
Qual será o fator considerado no reajuste do salário mínimo de 2025?
Para 2025, o reajuste considerará o PIB de 3,2% somado ao INPC previsto em 4,66%, elevando o salário mínimo de 2025 para R$ 1.526. Inicialmente, o governo projetava R$ 1.509, mas a inflação revisada resultou em um valor superior ao previsto no Orçamento apresentado em agosto.
Se aprovada, a nova proposta do governo para o salário mínimo de 2025 limitará o reajuste do PIB entre 0,6% e 2,5% acima da inflação, conforme o desempenho das receitas do ano anterior. Para 2025, a taxa aplicada será de 2,5%, resultando em um piso salarial de R$ 1.515, abaixo da projeção anterior.
A diferença entre R$ 1.526 e R$ 1.515 pode parecer pequena, mas representa uma economia significativa. Com essa redução de R$ 11 no salário mínimo de 2025, as despesas públicas deverão ser aliviadas em cerca de R$ 5,2 bilhões, muito acima da previsão inicial de R$ 2,2 bilhões.