Desmatamento no Cerrado gera multas milionárias: R$ 206 milhões por danos ambientais

A Operação Nova Fronteira, liderada pelo Ibama, intensificou o combate ao desmatamento no Cerrado, com foco na região do Matopiba, que inclui áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Durante a ação, 52 autuações foram aplicadas, totalizando R$ 206 milhões em multas ambientais.

Desmatamento no Cerrado gera multas milionárias: R$ 206 milhões por danos ambientais. Imagem: Jeane de Oliveira/FDR

Além das multas, a operação também resultou na apreensão de 23 máquinas e equipamentos, como tratores e pulverizadores, usados ​​no desmatamento no Cerrado. Imagens de satélite revelaram o descumprimento de embargos em áreas fiscalizadas pelo órgão.

Segundo o Ibama, os responsáveis ​​lucraram ilegalmente com a produção e venda de grãos, como soja e milho, em terras embargadas. A comercialização e a locação de propriedades também foram constatadas durante a investigação.

Por que o desmatamento no Cerrado é proibido?

A expansão agrícola transformou a região em uma “nova fronteira agrícola”, mas também intensificou o desmatamento no Cerrado. As condições desenvolvidas à mecanização e ao cultivo de culturas anuais têm provocado a substituição da vegetação nativa, especialmente no período de alta no plantio, como em novembro.

Para conter o avanço do desmatamento no Cerrado, foram aplicados embargos com base no Decreto nº 6.514/2008. Essa medida cautelar visa impedir novas infrações e garantir a recuperação ambiental das áreas degradadas, protegendo o equilíbrio do bioma.

As apreensões realizadas durante as operações somaram um prejuízo financeiro de R$ 24 milhões aos infratores. Essa ação reforça o comprometimento das autoridades na preservação do Cerrado frente às pressões do agronegócio.

 

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Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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