Na terça-feira (25), enquanto participava de um evento da construção civil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu a criação de um novo programa. A ideia é melhorar as condições de saneamento básico para as famílias em situação de vulnerabilidade.
Enquanto participava do evento organizado por empresários da construção civil na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília (DF), Lula declarou o interesse em criar um novo programa social.
De acordo com o presidente, ele solicitou ao Ministério das Cidades para que elabore um programa capaz de construir banheiros para a população em vulnerabilidade. Um cômodo que para muitos brasileiros é comum e pouco valorizado, para outros é um sonho.
A ideia surgiu após os dados levantados pelo Instituto Trata Brasil que foram divulgados no fim de semana. As informações mostram que 4,4 milhões de brasileiros não têm sanitários e chuveiros em suas casas. Desse total, 63% das moradias ficam na região Nordeste.
Sem acesso a um direito básico, essas pessoas acabam usando fossas construídas por eles mesmos em seus terrenos. Logo, o descarte dos resíduos humanos acabam acontecendo de forma irregular. Além disso, sem chuveiro eles não têm acesso a banho quente.
Programa para construção de banheiros
Durante a sua declaração na última terça-feira (25), o presidente Lula relembrou o período em que morou em um cortiço com 27 pessoas e apenas um banheiro.
Mostrando ter se sensibilizado com os dados, ele garantiu que será criado um programa para enfrentar esse problema.
“Eu sei o que é uma pessoa não ter um banheiro, banheiro é a coisa mais simples. E como pode ter 4 milhões de pessoas sem banheiro? Eu falei para o Jader [Filho, ministro das Cidades]: pode preparar um programa, porque nós vamos fazer os banheiros que as pessoas precisam“, disse o presidente, segundo o jornal O Tempo.
O presidente também falou sobre os custos que esse programa pode gerar, e deu um recado direto para o Ministério da Fazenda.
“Depois não venha a Fazenda falar: isso é gasto. Não venha dizer, porque isso não é gasto, é decência, é respeito“, afirmou.
Não foram dados mais detalhes sobre o assunto, por exemplo, se um programa já está sendo desenhado com essa proposta.