O ano letivo está acabando, mas você já pode se preparar para o próximo. Logo nos primeiros meses de 2025 será necessário pagar matrícula, material e mensalidade escolar. Com as dicas do FDR você pode se antecipar e não ter dor de cabeça.
Geralmente as aulas só começam no mês de fevereiro, no entanto, os gastos com educação são iniciados bem antes. Diversas escolas já iniciaram a matrícula escolar 2025. Além disso, os pais e responsáveis ainda têm gastos com os materiais.
Se o estudante estiver matriculado em escola privada os gastos acabam sendo maiores. Afinal, ainda é necessário pagar a matrícula, fardamento, investir em alimentação.
A especialista Lila Cunha, colaboradora do FDR, comenta sobre o aumento da mensalidade escolar de 2025.
Despesas escolares
À primeira vista pode parecer que os gastos são apenas os citados acima. No entanto, há outras despesas, algumas não são fixas, mas ainda assim devem ser consideradas, como:
- Transporte;
- Excursões;
- Datas comemorativas, como Pás e Natal;
- Possíveis gastos com a compra de lanche na escola.
Essas gastos devem ser considerados e anotados em uma planilha, aconselha a B³, Bolsa de Valores do Brasil. A partir disso é possível definir se a família fará uma reserva de dinheiro para esses gastos ou se o cartão de crédito será usado, por exemplo.
Uma estratégia apontada pela Bolsa de Valores seria fazer a soma dessas despesas e dividir o resultado por 12. Com isso os pais poderão fazer reservas mensais e não precisarão desembolsar os valores de uma vez.
“Para evitar surpresas, é fundamental que os pais coloquem tudo na ponta do lápis, estimando com precisão o impacto desses gastos no orçamento. Isso permitirá um controle mais efetivo sobre as finanças e garantirá que a educação não se torne um peso inesperado”, afirmou Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira, à B³.
Como se planejar para as despesas escolares
Feito o mapeamento das despesas fica mais fácil encaixá-las no orçamento familiar, para isso primeiro é necessário seguir alguns passos:
- Levantar qual o orçamento da família, definindo a renda líquida, obtida a partir da soma de todas as entradas, como salários, aluguéis ou outras fontes de renda.
- Depois, se possível, pensar em planos de aposentadoria, sonhos (como uma viagem, ou a compra de uma casa própria), e prever os gastos com dívidas e prestações.
- Nesse orçamento a educação é uma das prioridades.
Limite de gastos com educação
Pensar em um orçamento é também pensar nos limites de gastos que devem ser estabelecidos. É verdade que limitar os gastos com educação é algo difícil, até porque essa é uma das prioridades de todos os pais.
No entanto, o gasto com a educação deve estar dentro das possibilidades financeiras da família. Isso significa, por exemplo, matricular o filho em uma escola com a mensalidade que possa ser paga pelos pais.
Aqui não existe uma fórmula de bolo, cada família tem uma realidade diferente, consequentemente as finanças também não serão iguais.
A sugestão de Marcelo Milech, planejador financeiro CFP pela Planejar, é que seja definido o limite de 30% do orçamento familiar destinados aos gastos com educação.
Assim, uma família que tenha uma renda mensal de R$ 2.824, dois salários mínimos, poderá destinar até R$ 847,20. Por outro lado, Domingos defende que não seja definido um teto de gastos, afinal e um investimento essencial, o eu não se deve é comprometer outras áreas para investir nesta.
“A educação deve ser encarada como um investimento a longo prazo, e não como um gasto a curto prazo”, acrescenta Reinaldo Domingos.