Salário mínimo de R$ 2.028,84 pode se tornar realidade; veja quem recebe

O salário mínimo pode chegar a R$ 2.028,84 no começo do próximo mês de dezembro. A novidade foi anunciada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). No entanto, esse valor não deve ser aplicado a todos os trabalhadores; confira quem terá direito ao reajuste.

Enquanto o governo está prestes a divulgar o piso salarial de 2025, os estados começam as negociações para os pisos regionais. Os valores sempre estão acima do salário mínimo e são calculados a partir do custo de vida.

Diversos estados adotam o piso regional atualmente e fazem atualizações todos os anos.

Salário mínimo de R$ 2.028,84

No dia 13 de novembro os trabalhadores de Santa Catarina entregaram às federações patronais, na Fiesc, em Florianópolis uma proposta de reajuste do Piso Salarial Estadual. Se aprovados, os valores vão passa a valer em 1º de janeiro de 2025, informou a CUT-SC.

“Temos várias razões, que vão desde o aumento do salário mínimo nacional, o pleno emprego no estado, o crescimento do PIB, a falta de mão-de-obra, a economia de Santa Catarina que está em franco crescimento… Acredito que, a exemplo dos anos anteriores, chegaremos ao final com um bom acordo”, afirmou o diretor sindical do Dieese/SC e coordenador das negociações na comissão dos trabalhadores, Ivo Castanheira,

Salário mínimo de R$ 2.028,84 pode se tornar realidade, veja quem recebe
(Imagem:  Jeane de Oliveira/ FDR)

Faixas salariais de Santa Catarina

Primeira faixa salarial

Estão os profissionais das seguintes áreas:

  • agricultura e pecuária,
  • indústrias extrativas e beneficiamento,
  • empresas de pesca e aquicultura,
  • empregados domésticos,
  • construção civil,
  • indústrias de instrumentos musicais e brinquedos,
  • estabelecimentos hípicos e empregados motociclistas,
  • motoboys, e do transporte em geral (exceto motoristas).

A ideia é aumentar a remuneração dos atuais R$ 1.612,26 para R$ 1.773,49.

Segunda faixa salarial

Estão inseridos os trabalhadores das seguintes áreas:

  • indústrias do vestuário, calçados, fiação, tecelagem, artefatos de couro;
  • papel, papelão, cortiça e mobiliário,
  • distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas (bancas),
  • vendedores ambulantes de jornais e revistas,
  • administração das empresas proprietárias de jornais e revistas
  • empresas de comunicações e telemarketing.

O piso deve subir de R$ 1.670,56 para R$ 1.837,60;

Salário mínimo de R$ 2.028,84 pode se tornar realidade, veja quem recebe
(Imagem:  Jeane de Oliveira/ FDR)

Terceira faixa salarial

Esta faixa atende aos:

  • trabalhadores das indústrias químicas e farmacêuticas,
  • cinematográficas, alimentação,
  • comércio em geral
  • empregados de agentes autônomos do comércio.

O piso salarial pode subir de de R$ 1.769,14 para R$ 1.946,05.

Quarta faixa salarial

Estão nessa faixa:

  • trabalhadores nas indústrias metalúrgicas, mecânicas, material elétrico, gráficas, de vidros, cristais, espelhos, joalheria e lapidação de pedras preciosas, cerâmica de louça e porcelana, artefatos de borracha;
  • empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito;
  • edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares, em turismo e hospitalidade;
  • estabelecimentos de ensino, de cultura, de serviços de saúde e de processamento de dados, além de motoristas do transporte em geral.

Para eles a remuneração de passar dos atuais R$ 1.844,40 para R$ 2.028,84.

As negociações serão iniciadas no dia 3 de dezembro, na Fiesc, a expectativa é que os trabalhadores e empregadores cheguem a um acordo.

“Vamos nos preparar com informações boas para descontruir os argumentos dos patrões. Todas as 14 federações de trabalhadores e todas as centrais sindicais estão envolvidas nessa negociação pelo reajuste do Piso Estadual, o que mostra a força dos trabalhadores em Santa Catarina”, conclui o presidente da Federação dos Gráficos de SC, Moacir Effting.

 

Jamille NovaesJamille Novaes
Formada em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), a produção de texto sempre foi sua paixão. Já atuou como professora e revisora textual, mas foi na redação do FDR que se encontrou como profissional. Possui curso de UX Writing para Transformação Digital, Comunicação Digital e Data Jornalismo: Conceitos Introdutórios; e de Produção de Conteúdos Digitais.