O crédito consignado, uma importante fonte de renda para muitos aposentados e pensionistas, está passando por um momento de incerteza. A principal razão é a manutenção da taxa de juros máxima em um patamar considerado baixo pelos bancos, enquanto os custos operacionais dessas instituições continuam subindo.
Grandes bancos, como Itaú, Bradesco e Santander, estão reavaliando sua participação no mercado de crédito consignado. A principal justificativa é a baixa rentabilidade da operação, que não compensa os riscos envolvidos. A Associação Nacional das Empresas de Crédito (Anec) alerta que essa situação pode levar à redução da oferta de crédito para os aposentados e pensionistas.
A especialista Lila Cunha, colaboradora do FDR, comenta mais sobre empréstimo consignado, confira.
Impacto para os aposentados
A redução da oferta de crédito consignado pode ter um impacto significativo na vida dos aposentados e pensionistas. Essa modalidade de crédito é uma das poucas opções acessíveis para esse público, que geralmente tem dificuldades em obter crédito em outras instituições financeiras. Com a redução da oferta, os juros podem aumentar e as condições de contratação podem se tornar mais restritivas.
O que está em jogo?
- Acesso ao crédito: milhões de brasileiros dependem do crédito consignado para complementar a renda, realizar sonhos e fazer frente a despesas inesperadas;
- Juros mais altos: a redução da oferta pode levar ao aumento dos juros, encarecendo o crédito para os aposentados e pensionistas;
- Condições mais restritivas: as instituições financeiras podem exigir garantias adicionais ou aumentar a análise de crédito, dificultando o acesso ao crédito para muitos beneficiários do INSS.
O que o governo está fazendo?
O governo, por meio do Ministério da Previdência Social, está acompanhando a situação de perto. O ministro Carlos Lupi já sinalizou a possibilidade de discutir o tema em uma próxima reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). No entanto, ainda não há uma posição oficial sobre o assunto.