Especialistas alertam que financiar a reforma do seu imóvel exige tanto planejamento quanto a compra de uma casa. Mesmo sendo uma obra de menor porte, é essencial organizar o orçamento com rigor.
Segundo o planejador financeiro Marlon Glaciano, em entrevista à Folha de S.Paulo, as reformas costumam ultrapassar o valor inicialmente estimado. Por isso, quem pretende financiar a reforma do seu imóvel deve estar preparado para lidar com imprevistos.
Assim como em um financiamento imobiliário, manter o controle sobre os custos é fundamental para evitar que os gastos saiam do controle durante o projeto. Para financiar a reforma do seu imóvel com eficiência, os especialistas recomendam cautela ao contratar profissionais e planejar os gastos.
A prioridade deve ser dada a itens estruturais antes de acabamentos, evitando decisões impulsivas que possam comprometer o orçamento. Marlon Glaciano destaca que reformas mexem com as emoções, mas é essencial focar na lógica financeira. Antes de financiar a reforma do seu imóvel, a dica é poupar em investimentos seguros, como CDBs de valores mobiliários diários ou Tesouro Selic, garantindo maior rentabilidade.
Outra alternativa é realizar a obra em etapas, embora isso possa elevar os custos totais. Manter um planejamento detalhado ajuda a equilibrar as despesas e alcançar o resultado esperado.
“É importante ter um orçamento realista, com o detalhamento dos itens da obra, mesmo que seja mais caro. De início, as pessoas pensam em fazer o básico e gastar menos, mas acabam gastando mais. O recomendado é se programar para um gasto 25% a 30% maior “, diz Glaciano.
Linhas de crédito para financiar a reforma do seu imóvel
Para financiar a reforma do seu imóvel de forma estratégica, o cartão de crédito pode ser uma boa opção, desde que utilizado sem juros. Caso o limite do cartão não cubra todos os custos, é possível recorrer às linhas de crédito mais acessíveis, como o empréstimo consignado ou com garantia de bens.
No entanto, os especialistas alertam para os altos custos do cheque especial e do rotativo, que devem ser evitados a todo custo. A melhor opção é buscar o financiamento com as condições mais vantajosas, limitando o valor das parcelas a 25% da renda familiar mensal para evitar o superendividamento.
Além disso, é fundamental utilizar o crédito exclusivamente para a reforma. Muitos acabam desviando esse dinheiro para outras despesas, o que pode comprometer o planejamento financeiro, alerta Caio Macedo, diretor da Equifax BoaVista.
Para financiar a reforma do seu imóvel, os bancos oferecem opções de crédito direcionadas exclusivamente para obras de renovação. Uma alternativa popular é o consórcio de reformas, que segue as regras do consórcio tradicional, mas com valores mais acessíveis e sem possibilidade de utilização do FGTS para dar o lance.
Com essa modalidade, o valor do crédito é liberado integralmente na conta do cliente, e o prazo para utilização é de até um ano. Ao final do período, é necessário apresentar um laudo técnico da obra, assinado pelo responsável, como o ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) ou RTT (Registro de Responsabilidade Técnica), para confirmar que o dinheiro foi usado corretamente.
Como financiar a reforma do seu imóvel nos principais bancos?
Banco do Brasil
BB Crédito Realiza:
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Taxa de juros: Não informada pelo banco;
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Prazo: Até 5 anos;
Empréstimo com garantia de investimentos, previdência, imóveis ou veículos:
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Taxa de juros: A partir de 1,28% ao mês;
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Prazo: Até 6 anos;
Antecipação 13º salário:
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Taxa de juros: A partir de 2,88% ao mês;
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Prazo: Pagamento na data prevista para o recebimento do 13º salário ou no vencimento final da operação;
Bradesco
Término de construção:
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Taxa de juros: 10,50% ao ano;
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Prazo: Até 30 anos;
Crédito com garantia de imóvel (CGI):
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Taxa de juros: A partir de 1,40% ao mês;
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Prazo: Até 20 anos;
Caixa Econômica Federal
Financiamento construção SBPE:
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Taxa de juros: de 10,30% a 11,50% ao ano;
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Prazo: de 10 a 30 anos;
Financiamento construção FGTS:
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Taxa de juros: 9,01% ao ano;
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Prazo: de 5 a 35 anos;
Itaú
CGI financiado:
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Taxa de juros: a partir de 1,35% ao mês;
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Prazo: até 20 anos;
CGI Home Equity:
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Taxa de juros: a partir de 1,39% ao mês;
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Prazo: até 20 anos;
Crédito para Investidores:
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Taxa de juros: a partir de 1,18% ao mês;
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Prazo: até 6 anos;
Santander
Consórcio Imóvel Santander:
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Taxa de juros: de 15,9% a 28% sobre o valor total do consórcio;
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Prazo: até 20 anos;
CGI Use Casa:
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Taxa de juros: a partir de 1,05% ao mês;
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Prazo: até 20 anos;
Adiantamento do saque-aniversário do FGTS:
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Taxa de juros: a partir de 1,29% ao mês;