Uma pesquisa inédita da Confederação Nacional do Transporte (CNT) revela que 54% dos brasileiros acreditam que o Bolsa Família reduz a motivação dos beneficiários para buscar emprego. Esse dado surge em meio a uma ampla avaliação do Governo Lula.
A pesquisa, que marca a 162ª edição da série de Opinião, traz um panorama sobre a avaliação do Governo Lula e aborda as intenções de voto para 2026. Entre os temas mais discutidos está o impacto do programa de transferência de renda.
A apuração traz insights importantes para a avaliação do Governo Lula, indicando que 48,1% dos entrevistados acreditam que o Bolsa Família não contribui para tirar beneficiários da pobreza ou melhorar sua qualidade de vida.
Outro dado relevante na avaliação do Governo Lula é o forte repúdio ao uso dos recursos do programa para apostas online, rejeitado por 90% dos participantes da pesquisa. Foram ouvidas 2.002 pessoas em todo o Brasil entre os dias 7 e 10 de novembro, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
Índices da avaliação do Governo Lula pela população
A pesquisa do instituto MDA, realizada em parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), também traz novos dados para a avaliação do Governo Lula. Desde o último levantamento em maio de 2024, a avaliação positiva caiu dois pontos, enquanto a negativa subiu um ponto.
Ao longo do ano, a avaliação do Governo Lula pela opinião pública mostra uma queda de oito pontos percentuais na percepção positiva e um aumento de três pontos entre os que avaliam a gestão como ruim ou péssima.
Entre os segmentos, Lula é mais bem avaliado por mulheres, idosos, pessoas com renda de até dois salários mínimos e aqueles com ensino fundamental. Sua aprovação também se destaca no Nordeste e entre os católicos.
A avaliação do Governo Lula encontra seus piores índices de rejeição entre os brasileiros com renda superior a cinco salários mínimos e no segmento dos evangélicos. Esses grupos se destacam pela visão crítica em relação ao governo, refletindo uma diferença perceptível na percepção entre diferentes faixas de renda e crenças religiosas.
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Ótimo: 12,2% (eram 12,6% em maio);
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Bom: 23,3% (eram 24,8%);
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Regular: 32,1% (eram 30,6%);
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Ruim: 9,4% (eram 8%);
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Péssimo: 21,4% (eram 22,5%)
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Não sabe/não respondeu: 1,6% (era 1,5%).
Avaliação do Governo Lula identifica aprovação e reprovação dos eleitores
A avaliação do Governo Lula em relação ao desempenho pessoal do presidente revela aprovação de 50%, enquanto 46% desaprovam sua gestão, e 4,6% dos entrevistados não opinaram. Comparando com o levantamento anterior, a aprovação registrou leve queda de um ponto, enquanto a desaprovação subiu dois pontos percentuais.
As expectativas para os próximos seis meses mostraram sinais de otimismo econômico. Mais pessoas acreditam em uma melhora no emprego e renda, refletindo uma visão mais positiva sobre as perspectivas. Áreas como saúde, educação e segurança pública também são vistas com otimismo renovado pela população.
A avaliação do Governo Lula foi realizada através de uma pesquisa conduzida pelo MDA em parceria com a CNT. Entre os dias 7 e 10 de novembro, 2.002 pessoas foram entrevistadas pessoalmente para o levantamento.
Com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais, o estudo apresenta um nível de confiança de 95%. Esses índices reforçam a representatividade dos dados coletados sobre a opinião pública em relação ao governo.
Cenário eleitoral para 2026
A avaliação do Governo Lula também incluiu simulações para a eleição presidencial de 2026, onde Lula aparece numericamente à frente de Jair Bolsonaro. O atual presidente teria 35,2% das intenções de voto contra 32,2% de Bolsonaro, ainda que ambos estejam tecnicamente empatados dentro da margem de erro.
Em uma possível disputa com Michelle Bolsonaro, Lula se manteria na frente, com 34,1%, enquanto a ex-primeira-dama registraria 20,5%. Já Pablo Marçal, influenciador e ex-candidato em São Paulo, alcançaria 14,1% neste cenário.
Direita e centro-direita:
Na avaliação do Governo Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro continua sendo o preferido entre os eleitores que se identificam como de direita ou centro-direita, somando 48% das intenções de voto neste grupo.
No entanto, sem a participação de Bolsonaro, o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, desponta como o candidato favorito entre os entrevistados de direita, com 22,6%. Logo em seguida, aparecem Michelle Bolsonaro, com 21,9%, e Pablo Marçal, com 20,3%.
Esquerda e centro-esquerda:
Na avaliação do Governo Lula, o presidente é o favorito entre os eleitores que se identificam com a esquerda ou centro-esquerda, com 60% de preferência para uma possível candidatura em 2026.
Se Lula não for candidato, Fernando Haddad passa a ser o nome mais cotado entre esses eleitores, com 31,3%, seguido por Guilherme Boulos, com 17,5%, e Geraldo Alckmin, com 15%.
No grupo que se define como centrista, que representa 32% dos entrevistados, Lula também lidera com 27%, enquanto Bolsonaro atrai 16%, Pablo Marçal 12%, e Tarcísio de Freitas 6%.