Nessa semana o assunto mais comentado nas redes sociais e nas ruas tem sido o fim da escala 6×1. Até mesmo pessoas famosas e influentes estão usando seus espaços para defender a manifestação. Enquanto outros criticam a medida. Mas, afinal, o que é esse tipo de escala?.
A escala 6×1 significa que o trabalhador deve prestar serviço por seis dias durante a semana, tendo direito a um dia de folga. Muitas pessoas estão habituadas a trabalhar na escala 5×2, em que se trabalha cinco dias (segunda a sexta-feira) e folgam dois (sábado e domingo).
Esse modelo de trabalho em que a folga é garantida em um único dia da semana abrange, principalmente, os setores do comércio, varejista, bares, restaurantes, de transporte e setor público (ex.: polícia, hospitais, coleta de lixo, e outros).
Há uma proposta apresentada pela deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP), e que propõe mudar essa escala para os trabalhadores com carteira assinada.
O que pode mudar na jornada de trabalho do CLT?
Ao ser admitido com carteira de trabalho assinada, o trabalhador tem uma série de garantias previstas pela CLT (Consolidação de Leis Trabalhistas). Como o salário igual ao piso do país ou categoria, o direito as férias, 13º salário e a folga semanal.
O que a medida criada pela deputada Érika Hilton propõe é a mudança na escala 6×1, substituindo esse modelo. Logo, quem trabalha no esquema 5×2 não veria alterações.
Dentro da proposta são inseridos pontos de mudança como:
- acabar com a possibilidade de escalas de 6 dias de trabalho e 1 de descanso, chamada de 6×1;
- alterar a escala de trabalho para um modelo em que o trabalhador teria três dias de folga, incluindo o fim de semana;
- o período máximo trabalhado seria de 8 horas por dia e 36 horas semanais;
- a escala seria de 4×3, com quatro dias de trabalho por semana e 3 dias de descanso;
“[a PEC] reflete um movimento global em direção a modelos de trabalho mais flexíveis aos trabalhadores, reconhecendo a necessidade de adaptação às novas realidades do mercado de trabalho e às demandas por melhor qualidade de vida dos trabalhadores e de seus familiares”, defende Hilton, criadora do projeto.
Alguns economistas têm criticado essa medida, devido ao possível aumento de custos para as empresas. A sugestão dada nas redes é de adotar a escala 5×2 para todos, em que os trabalhadores ganhariam dois dias de folga e não três.