Cesta básica em BH sobe e afeta orçamento da família; veja valores e causas para tudo isso

Os alimentos que compõem a cesta básica tiveram um aumento de pelo menos 4,09% em Belo Horizonte, na capital de Minas Gerais. O crescimento foi registrado entre os meses de setembro e outubro desse ano, e confirmam um movimento de reajuste que tem acontecido em todo país. 

cesta básica
Cesta básica em BH sobe e afeta orçamento da família; veja valores e causas para tudo isso
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

Os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostram que Belo Horizonte está entre as cinco capitais brasileiras com maior valor da cesta básica. 

De setembro para outubro o destaque foi no crescimento dos valores em seis capitais brasileiras, sendo:

No Sudeste do país, onde Belo Horizonte está localizada, a líder no valor da cesta básica foi a cidade de São Paulo. Por lá é preciso desembolsar R$ 805,84 para comprar o básico, enquanto os mineiros de BH gastam R$ 678,07.

Alimentos mais caros em Belo Horizonte

De acordo com a pesquisa do Dieese, entre os meses de janeiro e outubro desse ano os alimentos que tiveram maior crescimento de valor em Belo Horizonte foram:

Por outro lado, neste mesmo período houve diminuições nos preços da banana (-1,2%) e do arroz agulhinha (-0,31%). 

O levantamento do Dieese ainda mostrou que para os trabalhadores que ganham até um salário mínimo, no valor de R$ 1.412, a situação é ainda mais difícil. Isso porque, o valor da cesta básica comprometeu 51,92% da renda dos trabalhadores.

O que explica o aumento de valor da cesta básica?

Em entrevista ao Diário do Comércio, o economista e supervisor técnico do Dieese em Minas Gerais, Fernando Duarte, informou que o aumento de valor da cesta básica pode ser justificado de várias formas. 

Entre essas razões estão: a alta no dólar, e as condições climáticas que impactam as lavouras e plantações. Para se ter uma ideia, o clima influenciou em itens como café e soja, com altas expressivas de 56,25% e 24,91% respectivamente.

Passamos por um período de queda e é natural que uma alta impacte a população em geral. No mês, tivemos uma alta bastante expressiva e motivada pelo preço do tomate, além do aumento do valor da carne, que é um produto com preço médio elevado e pode pesar mais no orçamento dos mineiros”, avaliou Duarte. 

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Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
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