O Governo Federal está elaborando um pacote de medidas para conter os gastos públicos e garantir a estabilidade da economia. Entre as propostas, estão mudanças no seguro-desemprego e a limitação de supersalários no serviço público.
Segundo matéria da Folha de S.Paulo, uma das principais mudanças em estudo é a reformulação do seguro-desemprego. A ideia é ajustar o valor e a duração do benefício, considerando a arrecadação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Uma das possibilidades é reduzir o valor do benefício para quem tiver direito a uma multa maior do FGTS. Além disso, o governo busca mecanismos para cobrar alíquotas maiores do PIS/Cofins de setores com alta rotatividade de trabalhadores, que demandam mais recursos do seguro-desemprego.
Outra medida importante é a limitação de supersalários no serviço público. O governo pretende estabelecer um teto salarial para os servidores públicos, com poucas exceções. Essa medida já é discutida há anos no Congresso Nacional e pode gerar uma economia de bilhões de reais para os cofres públicos.
A especialista Lila Cunha, colaboradora do FDR, comenta mais sobre o seguro-desemprego, confira.
O que mais está em jogo?
Além do seguro-desemprego e dos supersalários, o governo também avalia outras medidas para reduzir os gastos, como:
- Revisões na Previdência: estão sendo estudadas mudanças nas regras de aposentadoria dos militares e a desvinculação de benefícios da Previdência do salário mínimo;
- Abono salarial: o governo busca ajustar as regras do abono salarial, que é pago a trabalhadores com carteira assinada que recebem até dois salários mínimos;
- Pente-fino em benefícios: o governo pretende intensificar o pente-fino em benefícios previdenciários e assistenciais para identificar fraudes e irregularidades.
As medidas propostas pelo governo têm o objetivo de garantir a sustentabilidade das contas públicas e evitar o aumento da dívida pública. Ao reduzir os gastos e aumentar a arrecadação, o governo busca criar um ambiente mais favorável para o crescimento econômico e a geração de empregos.
Apesar disso, as propostas de reforma do governo enfrentam desafios e resistências. Sindicatos e parlamentares já se manifestaram contra as mudanças no seguro-desemprego e na Previdência. Além disso, a aprovação das medidas no Congresso Nacional depende de um amplo acordo político.