Critérios de aprovação no Minha Casa Minha Vida são atualizados: saiba o que mudou

A partir deste mês de outubro de 2024, o programa habitacional Minha Casa Minha Vida começa a passar por ajustes significativos promovidos pela Caixa Econômica Federal (CEF), afetando diretamente as condições de financiamento para milhares de brasileiros. As novas regras envolvem mudanças no valor da entrada, nas faixas de financiamento e nas exigências para compra de imóveis.

Critérios de aprovação no Minha Casa Minha Vida são atualizados: saiba o que mudou. Imagem: Jeane de Oliveira/FDR

Essas alterações no Minha Casa Minha Vida impactam não apenas famílias de baixa e média renda, mas também o setor de construção civil, que depende desse programa para movimentar o mercado. As novas condições buscam atender à demanda habitacional enquanto promovem aquecimento econômico na construção.

O Minha Casa Minha Vida, programa criado pelo Governo Federal em 2009 sob a liderança do presidente Lula, tem sido uma iniciativa crucial para ampliar o acesso à moradia no Brasil. Gerido pelo Ministério das Cidades, o programa oferece subsídios e juros mais baixos em áreas urbanas e rurais, ajudando a reduzir o déficit habitacional nacional.

Após uma fase de retração na gestão anterior, o Minha Casa Minha Vida foi reestruturado em janeiro de 2023 para assegurar habitação digna às famílias de baixa renda. Entre as novas diretrizes estão melhorias nas especificações dos imóveis, elevação do limite de renda para a Faixa 1 e aumento dos subsídios, além de taxas de juros reduzidas.

Nos próximos seis meses, está prevista a entrega de mais nove mil residências e o reinício de 21 mil obras pelo Minha Casa Minha Vida, com a meta de viabilizar dois milhões de novas moradias até 2026.

Recentes atualizações no Minha Casa Minha Vida 

Faixas de renda e valor de entrada

Uma das principais alterações no programa Minha Casa Minha Vida é o aumento da entrada para compra de imóveis, exigindo que os beneficiários arquem com 30% do valor total, em vez dos 20% cobrados anteriormente. A medida impacta especialmente as famílias na Faixa 3, com renda entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil mensais.

Além disso, a Caixa Econômica Federal fixou um novo teto para o financiamento de imóveis usados no Minha Casa Minha Vida, limitando o valor a R$ 270 mil, ante os R$ 350 mil permitidos antes. Essas mudanças buscam ajustar a concessão de crédito, respondendo à diminuição dos recursos da poupança, principal fonte de financiamento do programa.

Financiamento e impactos no mercado 

No programa Minha Casa Minha Vida, o sistema SAC, que reduz as parcelas ao longo do contrato, agora financia 70% do valor do imóvel, frente aos 80% anteriores. Já no sistema Price, onde as parcelas são fixas, a Caixa limitou o financiamento a 50%, exigindo maior entrada dos compradores.

Essas mudanças no Minha Casa Minha Vida impactam diretamente as famílias de renda média que desejam adquirir imóveis de maior valor, dificultando o acesso para este perfil. Além disso, o banco determinou que não será permitido ter mais de um financiamento ativo, restringindo as possibilidades de ampliação do investimento imobiliário.

Faixas de renda do Minha Casa Minha Vida 

Faixas urbanas:

Faixas rurais:

Requisitos do Minha Casa Minha Vida

Etapas de aquisição do Minha Casa Minha Vida

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Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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