Governo acalma trabalhador sobre mudanças nas regras do FGTS e seguro-desemprego

Depois de surgirem notícias de que o governo federal alteraria as regras da multa do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para pagar o seguro-desemprego, o poder público se pronunciou. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, deu uma declaração sobre o assunto. 

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Governo acalma trabalhador sobre mudanças nas regras do FGTS e seguro-desemprego
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

De acordo com as informações que ficaram disponíveis na imprensa nacional, o ministério da Fazenda e do Orçamento planejavam descontar o valor do seguro-desemprego da quantia paga pela multa rescisória do FGTS. Seria uma manobra para economizar dinheiro público.

Pelas regras atuais, a a multa é paga pelo próprio empregador, com base em todos os depósitos que foram feitos no FGTS. Enquanto o valor do seguro-desemprego vem de recursos do governo federal.

Embora o seguro-desemprego seja provido de tributos que foram pagos pela própria empresa e alimentaram o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), o valor não saí diretamente do cofre da empresa para a conta do trabalhador. 

Qual era a proposta de desconto do FGTS para pagar o seguro-desemprego?

Os planos do ministério da Fazenda e do Orçamento era conseguir diminuir os gastos do governo para o setor trabalhista. A expectativa era de que as alterações trouxessem economia anual de R$ 30 a R$ 50 bilhões para os cofres públicos.

Para isso, as mudanças no FGTS e no seguro-desemprego seriam:

  • A proposta era usar uma parte do valor pago de multa do FGTS para fazer uma espécie de financiamento do seguro-desemprego;
  • Isso significa que o valor pago de seguro não partiria dos cofres públicos, mas sim do empregador;
  • Para a empresa o que muda é que o valor da multa rescisória seria dividido em dois benefícios, e não mais em um único pagamento;
  • Para o trabalhador a grande mudança é a diminuição no valor recebido de multa rescisória. 

Governo federal nega alteração na multa do FGTS

Na última terça-feira (22), ao ser questionado sobre as alterações na multa do FGTS, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, negou que hajam discussões no ministério para tratar sobre o fim da multa rescisória. 

Em uma publicação feita na rede social X, o ministro afirmou que:

o Ministério do Trabalho e Emprego NÃO cogita ou realiza QUALQUER debate sobre o fim da multa rescisória, paga ao trabalhador e à trabalhadora após a demissão, ou sobre a redução do FGTS”.

O governo federal também publicou uma nota oficial, onde chama as informações de “infundadas”, e garante que não vai haver mudança no pagamento dos benefícios trabalhistas. 

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com