O Banco Central anunciou novas regras do PIX, que já começam a valer em novembro. Mudanças devem trazer mais segurança para os usuários desse meio de pagamentos instantâneo. Uma das principais alterações será a necessidade de cadastro prévio dos celulares.
(Imagem: Jeane de Oliveira/ FDR)
As novas regras do PIX devem trazer mais segurança para os brasileiros. O uso desse meio de pagamentos se popularizou pela rapidez e facilidade. Mas essas características também fazem com que o meio de pagamento instantâneo seja usado em golpes e fraudes.
A especialista Laura Alvarenga, colaboradora do FDR, traz mais informações sobre o golpe do PIX, confira.
Mudanças no PIX
Limite de R$ 200 em novos aparelhos
Uma das principais mudanças anunciadas pelo Banco Central foi a obrigatoriedade de cadastrar os dispositivos de acesso, celular ou computador, usados nas transações PIX.
Segundo o BC, as transações iniciadas em dispositivos não cadastrados terão limite de R$ 200, desde que o limite diário de R$1.000,00 (um mil não seja ultrapassado. Para transações acima desse limite o dispositivo deverá ser previamente cadastrado pelo cliente.
Essa regra se aplica apenas aos dispositivos que nunca foram usados para transações PIX.
Com essa medida o Banco Central pretende reduzir o número de fraudes onde os criminosos usam aparelhos diferentes daqueles até então usados pelos clientes nas transações.
“Isso dificultará a fraude em que o agente malicioso consegue, por meio de roubo ou de engenharia social, as credenciais, como login e senha, das pessoas”, afirma o Banco Central.
Segundo o Banco Central, as mudanças entrarão em vigor em 1º de novembro deste ano.
Mudanças para os bancos
O BC também alterou um regulamento de agosto de 2020, a partir de agora os bancos e instituições financeiras terão de orientar seus clientes quanto às práticas de segurança, com informações claras e acessíveis.
As instituições terão que adotar diversas ações para garantir a segurança de seus clientes, entre elas:
- Gerenciamento do risco de fraude;
- Identificação de transações PIX atípicas ou que não sejam compatíveis com o perfil do usuário;
- Disponibilização de um canal de atendimento aos clientes com diversas informações voltadas à prevenção de fraudes;
- Realização semestral de revisões para a identificação de clientes que cometem fraude.
(Imagem: Jeane de Oliveira/ FDR)
Pix automático
Atualmente os usuários desse método de pagamentos precisam acessar os aplicativos e realizar os pagamentos, mesmo que eles sejam recorrentes. Com o PIX automático isso deve mudar.
O mecanismo vai possibilitar uma espécie de agendamento de pagamento, sem a necessidade de autenticação toda vez que a transação for realizada. Basta autorizar uma única vez e o pagamento será recorrente.
Com essa função será possível fazer o pagamento de contas de água, luz, plano de saúde, escolas, assinaturas, serviços de streamings, entre outros.
O BC já anunciou que o lançamento do PIX automático acontece em 16 de junho de 2025. Para os comerciantes o BC espera que haja uma redução nos custos de operação.
PIX por aproximação
Outro recurso que deve ser disponibilizado em breve é o PIX por aproximação, com o funcionamento parecido ao pagamento por aproximação com o cartão de crédito.
O projeto-piloto já está em fase de testes em parceria com a Cielo, o Banco do Brasil foi a primeira instituição bancária a implementar o mecanismo.
Nesse mecanismo o pagamento é feito apenas abrindo o aplicativo e aproximando da maquininha, sem necessidade de digitar senhas no app, o que reduz o tempo de transação.
