O Ministério da Fazenda está desenvolvendo um pacote de corte de gastos, que inclui a proposta de isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil. O impacto dessa medida deve ser de aproximadamente R$ 35 bilhões, valor que será compensado pelo imposto mínimo para altas rendas. No entanto, a apresentação oficial ocorrerá no próximo ano, junto com a reforma tributária.
Várias opções estão sendo consideradas para implementar a isenção do Imposto de Renda. Uma alternativa seria elevar todas as faixas da tabela, o que poderia gerar uma perda de arrecadação de R$ 100 bilhões. Outra opção, menos onerosa, é conceder isenção até o limite de R$ 5 mil, com custo estimado de R$ 70 bilhões.
A proposta de isenção do Imposto de Renda será implementada por meio de um sistema de crédito. Quem recebe até R$ 5 mil terá um crédito a ser abatido do valor que pagaria de imposto. Para evitar um aumento brusco na tributação de quem ganha um pouco mais, o crédito será reduzido gradualmente até um teto, possivelmente em torno de R$ 7.500.
Após essa faixa, o crédito será eliminado. Esse modelo, inspirado no programa americano Earned Income Tax Credit, visa reduzir o custo da isenção do Imposto de Renda para cerca de R$ 35 bilhões até 2026, tornando a medida financeiramente viável.
Impacto financeiro da isenção do Imposto de Renda
Para equilibrar as contas com a isenção do Imposto de Renda, a cobrança será direcionada às rendas mais altas. Atualmente, pessoas com maior poder aquisitivo pagam menos do que a alíquota nominal, utilizando planejamento tributário ou aproveitando isenções, como as sobre dividendos e aplicações financeiras isentas. Estima-se que milionários brasileiros recebam cerca de R$ 1 trilhão em rendas isentas.
A solução proposta envolve a criação de uma alíquota mínima. Se o contribuinte tiver uma alíquota efetiva inferior ao mínimo estabelecido, ele pagará o imposto necessário para atingir esse patamar. Essa medida, que busca elevar a tributação sobre quem ganha mais, não afetará o Simples Nacional, preservando o regime para pequenas empresas.
Qual será a mudança na isenção do Imposto de Renda?
A proposta de isenção do Imposto de Renda traz alterações significativas na primeira faixa da tabela progressiva mensal do IRPF, elevando o limite para a aplicação da alíquota zero em 6,97%, passando de R$ 2.112,00 para R$ 2.259,20.
Os beneficiários desta medida são os contribuintes com rendimentos mensais de até R$ 2.824,00. Ao subtrair o desconto simplificado de R$ 564,80, a base de cálculo mensal fica exatamente no limite máximo da faixa de alíquota zero da nova tabela.
O desconto de R$ 564,80 é opcional, não prejudicando aqueles que têm direito a descontos maiores por legislação vigente. O Ministério da Fazenda destaca a urgência e importância da proposta, prevendo impactos positivos na renda disponível das famílias, aumentando a capacidade de consumo e afastando a incidência do IRPF sobre rendas mais baixas.
Isenção no Imposto de Renda impacta mercado de trabalho
O presidente Lula destacou a importância de renovar seu discurso para acompanhar as mudanças no mercado de trabalho, especialmente com o aumento de profissionais atuando de forma autônoma em plataformas digitais.
Para ele, a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda pode ser uma medida essencial para apoiar esses trabalhadores. O presidente também enfatizou a urgência de criar políticas que dialoguem diretamente com essa realidade, garantindo que a faixa de isenção do Imposto de Renda beneficie a classe trabalhadora em transformação.
Nova faixa de isenção do Imposto de Renda
A proposta de isenção do Imposto de Renda traz alterações significativas na primeira faixa da tabela progressiva mensal do IRPF, elevando o limite para a aplicação da alíquota zero em 6,97%, passando de R$ 2.112,00 para R$ 2.259,20.
Os beneficiários desta medida são os contribuintes com rendimentos mensais de até R$ 2.824,00. Ao subtrair o desconto simplificado de R$ 564,80, a base de cálculo mensal fica exatamente no limite máximo da faixa de alíquota zero da nova tabela.
O desconto de R$ 564,80 é opcional, não prejudicando aqueles que têm direito a descontos maiores por legislação vigente. O Ministério da Fazenda destaca a urgência e importância da proposta, prevendo impactos positivos na renda disponível das famílias, aumentando a capacidade de consumo e afastando a incidência do IRPF sobre rendas mais baixas.
A adequação da mudança às determinações legais, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO-2024) e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), é ressaltada pelo Ministério da Fazenda. Estima-se uma redução de receitas de R$ 3,03 bilhões em 2024, R$ 3,53 bilhões em 2025 e R$ 3,77 bilhões em 2026.