Transtornos e prejuízos: apagão em São Paulo entra no terceiro dia

O apagão em São Paulo já dura três dias. Tendo começado na última sexta-feira (11), os moradores de alguns bairros da capital ainda não conseguiram o restabelecimento da energia elétrica. O Ministério de Minas e Energia deu mais 3 dias para a Enel resolver o problema. 

apagão são paulo
Transtornos e prejuízos: apagão em São Paulo entra no terceiro dia
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

O forte temporal da última sexta-feira (11) que passou pela cidade de São Paulo, e por municípios da região metropolitana, deixou efeitos que estão durando até hoje (14). A queda de árvores e o vento forte fez com os fios de energia elétrica caíssem, causando o apagão. 

Até a tarde de domingo, segundo a Enel, a energia já havia sido retomada para 1,3 milhões de consumidores. No entanto, até a manhã de segunda-feira (14) ainda haviam 537 mil imóveis sem luz na região da Grande São Paulo. 

Em entrevista ao programa Bom dia SP, da TV Globo, o presidente da Enel, Dárcio Dias, não deu previsão para o retorno da energia. Diante deste cenário, o Ministério de Minas e Energia decidiu pressionar a companhia, dando prazo para que a situação seja resolvida. 

Impactos do apagão em São Paulo 

Já são três dias em que pelo menos 537 mil imóveis não têm energia elétrica, e com isso os moradores não conseguem tomar um banho quente, assistir televisão, ter acesso a rede Wifi, usar a geladeira, o microondas ou o fogão elétrico. 

Além do caos dentro de casa, há muitos problemas que aos poucos estão sendo relatados. Como, alimentos que estavam congelados e foram perdidos, medicamentos e vacinas que devido ao descongelamento terão que ser descartados, além de eletrodomésticos queimados.

A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) confirmou que vai acionar judicialmente a Enel para responsabilizar a concessionária pelos prejuízos causados ao setor.

Além da cidade de São Paulo, os municípios de São Bernardo do Campo, Cotia e Taboão da Serra também foram afetados. São centenas de restaurantes, bares, hóteis, escolas, clínicas médicas, farmácias e outros, que estão sendo atingidos. 

Governo federal quer controlar a situação 

Diante do cenário crítico, e sem previsão de retorno total da energia elétrica, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se reuniu com representantes da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta segunda-feira (14). 

Na ocasião, o ministério deu prazo de três dias para a Enel resolver o problema e culpou a prefeitura de São Paulo pelo apagão. 

Mais de 50% dos eventos foram causados por árvore caindo em cima do sistema de média e baixa tensão em São Paulo“, afirmou Silveira aos jornalistas. 

O ministro acredita que faltou fiscalização por parte da prefeitura para podar essas árvores, e evitar que acidentes como esse viessem a acontecer. 

Segundo Silveira, o presidente Lula determinou que “a palavra de ordem agora é resolver o problema“. 

 

YouTube video player
Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
Sair da versão mobile