O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a proposta de ampliação da faixa de isenção no Imposto de Renda será equilibrada pela taxação dos mais abastados, visando promover maior Justiça Fiscal.
Em declaração anterior, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou que a criação de um imposto para os milionários é uma das medidas em consideração para compensar a perda na arrecadação gerada pela correção da tabela que busca aumentar a faixa de isenção no Imposto de Renda.
Lula se comprometeu a elevar essa faixa para rendimentos mensais de até R$ 5.000. Atualmente, a isenção abrange salários de até dois salários mínimos, equivalentes a R$ 2.824 por mês.
Impacto da isenção no Imposto de Renda no mercado de trabalho
Lula também ressaltou que seu partido, o PT, precisa desenvolver um novo discurso que aborde a realidade do trabalho contemporâneo, onde um número crescente de pessoas atua de forma autônoma, utilizando aplicativos e sem registro formal. Ele reconheceu que a legenda enfrenta desafios nas interações com esses trabalhadores.
Nesse contexto, a isenção no Imposto de Renda pode ser uma ferramenta importante para apoiar essa nova dinâmica do mercado, garantindo que os trabalhadores autônomos tenham mais oportunidades. O presidente enfatizou a necessidade de estratégias que realmente dialoguem com as demandas e necessidades dessa nova classe trabalhadora.
Nova faixa de isenção do Imposto de Renda
A proposta de isenção do Imposto de Renda traz alterações significativas na primeira faixa da tabela progressiva mensal do IRPF, elevando o limite para a aplicação da alíquota zero em 6,97%, passando de R$ 2.112,00 para R$ 2.259,20.
Os beneficiários desta medida são os contribuintes com rendimentos mensais de até R$ 2.824,00. Ao subtrair o desconto simplificado de R$ 564,80, a base de cálculo mensal fica exatamente no limite máximo da faixa de alíquota zero da nova tabela.
O desconto de R$ 564,80 é opcional, não prejudicando aqueles que têm direito a descontos maiores por legislação vigente. O Ministério da Fazenda destaca a urgência e importância da proposta, prevendo impactos positivos na renda disponível das famílias, aumentando a capacidade de consumo e afastando a incidência do IRPF sobre rendas mais baixas.