O horário de verão, uma prática que já não faz parte da rotina brasileira, era frequentemente discutido em relação à sua capacidade de promover a economia de energia. Contudo, pesquisas recentes indicam que essa medida tinha um impacto limitado na redução do consumo, levantando questionamentos sobre sua real eficácia.
Diante dessa situação, é fundamental refletir sobre quais hábitos realmente contribuem para uma economia efetiva de energia durante o horário de verão. Especialmente em momentos de alta demanda, como durante a bandeira vermelha, adotar práticas conscientes pode trazer resultados significativos na conta de luz.
5 atitudes que podem economizar luz no horário de verão
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Troque para lâmpadas LED: Substitua lâmpadas incandescentes e fluorescentes por LEDs, que consomem até 80% menos energia e duram muito mais, resultando em uma significativa redução na conta de luz.
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Aproveite a luz natural: Mantenha cortinas e janelas abertas durante o dia para maximizar a iluminação natural, diminuindo a necessidade de acender lâmpadas e, assim, economizando energia.
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Desligue os aparelhos da tomada: Desconecte equipamentos eletrônicos, como carregadores e computadores, quando não estiverem em uso, pois muitos continuam consumindo energia mesmo desligados.
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Reduza o tempo do banho: Banhos mais curtos ajudam a economizar água e energia, visto que o chuveiro elétrico é um dos maiores consumidores de eletricidade em casa.
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Mantenha a geladeira organizada: Uma geladeira bem arrumada e com vedação adequada consome menos energia. Evite abrir a porta frequentemente e descongele o freezer regularmente para otimizar o uso do aparelho.
Por que essas práticas são mais eficazes do que o horário de verão?
Essa questão é relevante, uma vez que o horário de verão, embora tenha sido uma tentativa de economizar energia, deixou muitos consumidores sem controle sobre suas próprias práticas.
Ao adotar hábitos de consumo mais conscientes, você passa a ter um controle direto sobre sua energia, diferentemente do horário de verão, que era uma medida imposta pelo governo. Isso permite uma gestão mais personalizada e eficiente.
Além disso, as mudanças, como a troca de lâmpadas e a implementação de práticas sustentáveis, promovem uma economia contínua ao longo do tempo. Em contraste, o horário de verão tinha um impacto limitado e de curta duração, sem garantir resultados duradouros.
Essas novas práticas também se destacam pela sua adaptabilidade. Podem ser implementadas em qualquer época do ano e em diversas situações, tornando-se soluções mais eficazes e sustentáveis para o uso de energia.
Por que o horário de verão gera economia de energia?
A partir de 1985, o horário de verão 2024 se estabeleceu como uma prática anual com o objetivo de otimizar o consumo de energia, proporcionando mais horas de luz natural para a população. Essa mudança visava reduzir os custos com eletricidade, aproveitando melhor a luz do dia.
Contudo, a evolução dos hábitos sociais fez com que a eficácia dessa medida fosse questionada. Em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu suspender a prática, levando a um debate sobre sua real utilidade.
Agora, o horário de verão 2024 surge novamente, não por sua capacidade de economizar energia, mas como uma estratégia para maximizar o uso da energia solar, diminuindo a necessidade de acionamento de termelétricas, que são mais onerosas e poluentes.
O horário de verão 2024 é uma estratégia que visa otimizar a geração de energia a partir de fontes renováveis, como as usinas eólicas e solares. Essas fontes dependem de condições climáticas, como sol e vento, que não são constantes ao longo do dia.
O retorno do horário de verão já foi aprovado?
O governo está analisando a possibilidade de reinstaurar o horário de verão no Brasil. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que o contexto será avaliado, e é provável que a proposta de retorno do horário de verão seja levada ao governo para decisão final nos próximos dias.
Silveira indicou que a volta do horário de verão pode acontecer em até 30 dias, destacando que ainda há tempo para organizar a medida. Segundo ele, a iniciativa traria impactos positivos, especialmente no horário de pico, entre 18h e 20h.
O ministro explicou que, nesse período, o Brasil deixa de contar com a energia solar e a geração eólica diminui. Isso exige o uso de energia térmica, tornando o horário de verão uma estratégia importante para otimizar o consumo de energia no país.