Retorno do horário de verão PREOCUPA os comerciantes com as vendas de fim de ano

As notícias sobre o retorno do horário de verão têm se espalhado pela internet nos últimos dias. Esse recurso é usado quando o governo pretende fazer uma economia de energia. Entenda como a mudança poderá afetar o comércio.

Retorno do horário de verão PREOCUPA os comerciantes com as vendas de fim de ano
(Imagem:  Jeane de Oliveira/ FDR)

De 1985 a 2019 o Brasil adotava o horário de verão, que agora após cinco anos pode acabar voltando. A notícia não é vista com bons olhos pela população, em especial pelas pessoas que trabalham no comercio. A preocupação é que a mudança acabe afetando as vendas de final de ano.

Assista ao vídeo do colunista do FDR, Ariel França, para confeirr mais informações:

Horário de verão

Segundo o Decreto Nº 6.558, o horário começava às 0h do primeiro domingo do mês de novembro de cada ano e se estendia até o terceiro domingo do mês de fevereiro do ano seguinte. Nesse sistema os relógios são adiantados em sessenta minutos, ou seja, 1h.

“No ano em que tinha coincidência entre o domingo previsto para o término da Hora de Verão e o domingo de carnaval, o encerramento da Hora de Verão dar-se-á no domingo seguinte”, acrescentava o texto.

No último ano de vigência o horário de verão foi adotado nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.

Nos estados do Norte e Nordeste esse sistema já havia sido abandonado antes do seu encerramento em 2019. Isso porque o próprio governo percebeu que adiantar os relógios em 1h era mais eficiente para os estados mais distantes da Linha do Equador, que consequentemente recebiam menos iluminação.

Retorno do horário de verão PREOCUPA os comerciantes com as vendas de fim de ano
(Imagem:  Jeane de Oliveira/ FDR)

Para que serve o horário de verão?

De forma em simples, esse adiantar dos relógios era adotado como estratégia para redução do consumo de energia entre as 18h e 21h, considerado horário de pico.

Afinal, com um horário diferente os trabalhadores deixavam seus postos de trabalho mais cedo, ainda com a luz do dia.

Por outro lado, também acabavam entrando mais cedo em seus trabalhos. O fim desse sistema foi determinado em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro.

Impactos do horário de verão

Economia de energia

O principal impacto é a redução da demanda máxima de energia, que, pela estimativa do governo, deve ser de 2,9% neste ano. isso resultaria em uma economia de R$ 400 milhões para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN).

redução de custo de combustível termoelétrico, para o horizonte de outubro/2024 a fevereiro/2025, de R$ 356 milhões no pior cenário hidrológico e R$ 244 milhões no melhor cenário hidrológico”, afirma o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), através de nota técnica.

O texto ainda afirma que a adoção desse sistema contribuiria com uma maior eficiência do Sistema Interligado Nacional (SIN) nos horários entre 18h e 20h, quando há um aumento na demanda de energia.

Vale lembrar que foram feitos estudos para a recomendação de volta do horário de verão.

Comércio

Por outro lado, os comerciantes divergem sobre o retorno do horário de verão. De um lado os donos de bares e restaurantes estimam um aumento nas vendas. Do outro os lojistas e varejistas temem uma queda.

Isso porque enquanto os profissionais sairão do trabalho ainda com a luz do sol, eles também entrarão mais cedo. Essa mudança pode resultar em uma mudança no ciclo de sono e cansaço.

E ninguém cansado quer ir às compras, não é mesmo? Fato é que o retorno do horário ainda não foi definido. A especialista do FDR, Laura Alvarenga, apresenta uma estimativa de quando ele poderá começar.

Jamille NovaesJamille Novaes
Formada em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), a produção de texto sempre foi sua paixão. Já atuou como professora e revisora textual, mas foi na redação do FDR que se encontrou como profissional. Possui curso de UX Writing para Transformação Digital, Comunicação Digital e Data Jornalismo: Conceitos Introdutórios; e de Produção de Conteúdos Digitais.