O governo já sinalizou que o retorno do horário de verão é uma possibilidade real. Isso significa que os brasileiros podem ter que adiantar os relógios em breve. Não apenas os relógios vão mudar, diversos setores também devem ser afetados.
O Brasil abandonou o horário de verão em 2019 após a gestão do então presidente Bolsonaro afirmar que a economia de energia era muito baixa. Desde então essa é a primeira vez em que a medida pode de fato voltar a ser adotada.
A principal finalidade desse sistema é exatamente fazer com que os cidadãos consigam produzir uma redução no gasto de energia elétrica. Isso porque eles acabam aproveitando mais a luz do dia.
Até porque nos horários comumente de pico de consumo de energia, entre 18 e 20h, estaria mais claro, se o sistema fosse de fato aprovado.
Assista ao vídeo do colunista do FDR, Ariel França, para confeirr mais informações:
Como funciona o horário de verão?
Quando está ativo os relógios são adiantados em 1h a partir das 0h do primeiro domingo do mês de novembro. Isso resulta em mudanças significativas para todos os cidadãos, por exemplo:
- Horário escolar, que geralmente é de entrada às 7h passaria a ter uma entrada às 6h;
- O horário do comercio, que em muitas cidades começa a funcionar às 8h, deve começar às 7h;
- Nos bancos o horário também pode ser alterado, com mudanças na abertura e fechamento das agências.
É importante lembrar que os horários acima consideram o horário tradicional. Na prática, os horários não devem mudar, a mudança de fato acontece no adiantar do relógio.
No caso dos bancos o horário adotado é diferenciado porque o sistema usado é nacional. Isso significa que para as localidades com horário adiantado as agências devem se manter abrindo às10h e fechado às 16h.
Enquanto as localidades em que o novo horário não for adotado os bancos devem funcionar das 9h às 15h. Anteriormente os estados do Norte e Nordeste ficavam de fora do sistema.
Economia de energia com o horário de verão
Segundo uma nota técnica do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o retorno pode gerar uma economia de 2,9% neste ano. Em valores isso representa uma redução de R$ 400 milhões.
Segundo a nota técnica o retorno deve colaborar com uma maior eficiência do Sistema Interligado Nacional (SIN) nos horários entre 18h e 20h, justamente o horário com aumento da demanda de energia.
Enquanto isso, o Brasil deu início à Bandeira Vermelha II, que deve deixar as contas de luz mais caras em todo o país.
Quando começa o horário de verão em 2024?
Caso seja de fato aprovado o horário de verão deve vigorar entre o primeiro domingo de novembro de 2024 e o terceiro domingo do mês de fevereiro de 2025. Mas, ainda não há uma definição por parte do governo.
O que já se sabe é que o retorno é algo real, já confirmado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Caso seja aprovado os brasileiros terão que adiantar seus relógios em 1h.
Na última semana o ministro de Minas e Energia afirmou que deve levar à recomendação de retorno ao presidente Lula. Ele e outros setores do governo decidirão se os relógios vão ou não mudar.
A especialista do FDR, Laura Alvarenga, apresenta uma estimativa de quando ele poderá começar.