Faltam menos de 20 dias para o dinheiro esquecido no Banco Central ser extinto; veja como resgatar quantias

Os clientes que possuem dinheiro esquecido no Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central do Brasil (BC) têm até 16 de outubro para realizar o saque dos valores disponíveis.

Faltam menos de 20 dias para o dinheiro esquecido no Banco Central ser extinto; veja como resgatar quantias. Imagem: Jeane de Oliveira/FDR

De acordo com o BC, há R$ 8,56 bilhões prontos para serem resgatados no SVR. Esse sistema permite que tanto pessoas físicas, incluindo aquelas falecidas, quanto empresas verifiquem se deixaram dinheiro esquecido em bancos, consórcios ou outras instituições financeiras.

O prazo de 30 dias para o resgate começou em 16 de setembro, após a sanção da Lei nº 14.973/2024 pelo presidente Lula, que aborda a reoneração gradual da folha de pagamentos em 17 setores da economia e municípios até o final de 2024.

O projeto, já aprovado pelo Congresso Nacional, determina que o dinheiro esquecido que não for resgatado por pessoas físicas e jurídicas poderá ser incorporado ao Tesouro Nacional.

O Ministério da Fazenda esclareceu que, além do prazo de 30 dias para o resgate após a publicação da lei, os clientes terão mais 30 dias para contestar a transferência dos recursos para o Tesouro, a partir da data em que um edital for publicado pelo ministério.

O Ministério da Fazenda destacou que os cidadãos que desejam recuperar o dinheiro esquecido terão um prazo de seis meses para solicitar judicialmente o reconhecimento de seu direito aos depósitos. Se não houver contestação sobre a incorporação dos valores, esses serão definitivamente integrados como receita orçamentária primária.

Além disso, a pasta ressaltou que esses recursos serão contabilizados na verificação do cumprimento da meta de resultado primário. Segundo o Ministério da Fazenda, a medida tem precedentes no sistema jurídico brasileiro.

Como consultar dinheiro esquecido?

Se você busca recuperar dinheiro esquecido em bancos, consórcios ou outras instituições, pode utilizar o SVR para consultar. Este sistema é aberto para pessoas físicas, jurídicas e até mesmo falecidos que tenham valores não resgatados. 

A consulta é simples, exigindo apenas CPF e data de nascimento ou CNPJ e data de abertura para acesso. O SVR proporciona uma oportunidade de recuperar fundos esquecidos, atendendo a uma ampla gama de indivíduos, desde aqueles comuns até entidades comerciais e representantes legais de pessoas falecidas. 

A recuperação de dinheiro é viável através desta plataforma do Banco Central. A instituição reforça orientações de segurança para a consulta. Confira:

  1. O único site onde você pode consultar e saber como solicitar a devolução dos seus valores, da sua empresa ou de pessoas falecidas é o https://valoresareceber.bcb.gov.br

  2. Todos os serviços do Valores a Receber são gratuitos. Não faça nenhum tipo de pagamento para ter acesso aos valores.

  3. O Banco Central não envia links nem entra em contato com você para tratar sobre valores a receber ou para confirmar seus dados pessoais.

  4. Somente a instituição que aparece no Sistema de Valores a Receber é que pode te contatar e ela nunca vai pedir sua senha.

  5. Não clique em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram.

Como resgatar o dinheiro esquecido?

Para resgatar o dinheiro esquecido através do sistema do Banco Central, é essencial fornecer uma chave PIX. Sem uma chave cadastrada, o valor não será liberado.

Se você ainda não tem uma chave PIX, deve contatar a instituição financeira para definir como receber o valor. Alternativamente, é possível criar uma nova chave e, em seguida, retornar ao sistema para concluir a solicitação.

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Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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