O Bolsa Família é um programa do Governo Federal que oferece apoio financeiro a brasileiros em situação de vulnerabilidade social. No entanto, muitos desconhecem que até mesmo pessoas com carteira assinada podem ter direito a esse auxílio.
A posse de uma carteira de trabalho não implica automaticamente na perda do Bolsa Família. O programa implementou a “Regra de Proteção”, que visa assegurar uma transição mais tranquila para as famílias que estão entrando no mercado de trabalho.
Com as novas diretrizes, se a renda familiar por pessoa aumentar acima do limite de entrada de até R$ 218, mas permanecer abaixo de meio salário mínimo (R$ 706), o Bolsa Família ainda será concedido. Contudo, o valor do benefício será cortado pela metade.
Por exemplo, uma família que atualmente recebe o mínimo de R$ 600 passaria a receber apenas R$ 300 mensais. Essa redução pode ser aplicada por até dois anos, proporcionando um período para que as famílias se ajustem à nova situação financeira. No entanto, caso a renda por pessoa supere R$ 706, o benefício será suspenso imediatamente.
Antes, quando a renda familiar superava o limite estipulado, as famílias eram excluídas do Bolsa Família de forma imediata. Com as novas diretrizes, é possível continuar recebendo o benefício mesmo com um emprego formal, desde que a renda por pessoa permaneça dentro dos limites definidos.
Isso permite que as famílias melhorem suas condições financeiras sem o medo de perder o suporte do governo. No entanto, para garantir a continuidade do benefício, é fundamental que os beneficiários mantenham a renda dentro das regras e atualizem o CadÚnico regularmente.
Além disso, é essencial atender aos requisitos do programa, que incluem a frequência escolar de crianças e adolescentes, o acompanhamento pré-natal para gestantes, e a nutrição de crianças até sete anos, além de seguir o calendário de vacinação nacional.
É preciso apresentar a carteira de trabalho na solicitação do Bolsa Família?
É crucial manter a transparência e fornecer informações precisas para garantir que a atualização do cadastro seja realizada sem contratempos. Para o titular do Bolsa Família que está começando um novo trabalho, a redução de 50% no benefício pode trazer algumas dúvidas.
Essa medida é projetada para alinhar a assistência social com a nova fonte de renda do trabalhador, ajudando a redistribuir recursos para aqueles em maior necessidade. O objetivo é promover a autonomia financeira, mas a mudança deve ser feita de maneira gradual para evitar dificuldades financeiras inesperadas.
Assim, uma comunicação eficiente é essencial para garantir uma transição suave e que as finanças da família não sejam comprometidas enquanto se adaptam à nova situação econômica.
Quais são as regras do Bolsa Família?
As famílias devem cumprir compromissos nas áreas de saúde e de educação. São elas:
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Realização do acompanhamento pré-natal;
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Acompanhamento do calendário nacional de vacinação;
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Realização do acompanhamento do estado nutricional das crianças menores de 7 anos;
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Frequência escolar mínima de 60% para as crianças de 4 a 5 anos, e de 75% para os beneficiários de 6 a 18 anos incompletos que não tenham concluído a educação básica;
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A família deve sempre manter atualizado o Cadastro Único (pelos menos, a cada 24 meses).
Composição do Bolsa Família
Até que novos valores sejam definidos, o Governo Federal mantém a composição atual para o Bolsa Família da seguinte forma:
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Benefício de Renda de Cidadania (BRC): R$ 142 por pessoa da família.
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Benefício Complementar (BCO): Garante que todas as famílias beneficiadas recebam, no mínimo, R$ 600.Benefício
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Extraordinário de Transição (BET): Garante que todos os beneficiários não recebam valores menores do que recebiam no programa anterior, o Auxílio Brasil. O pagamento está confirmado até maio de 2025.
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Benefício Primeira Infância (BPI): R$ 150 a mais por criança de zero a sete anos incompletos.
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Benefício Variável Familiar (BVF): R$ 50 pagos a mais para gestantes e crianças/adolescentes de 7 a 18 anos incompletos.
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Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN): R$ 50 pagos para cada membro da família com até sete meses incompletos (nutriz), com início das transferências em setembro.
Consulta do Bolsa Família
O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) oferece diversos canais de atendimento para os beneficiários do Bolsa Família. São eles:
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O telefone 121, do MDS funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. O atendimento eletrônico funciona todos os dias, 24 horas por dia;
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No Fale Conosco do site www.mds.gov.br é possível encontrar link para registrar sua demanda pelo formulário eletrônico,
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O telefone 111, canal de Atendimento ao Cidadão da Caixa Econômica Federal com informações sobre o cartão e o saque do benefício;
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Aplicativo Bolsa Família, onde o responsável familiar pode consultar informações sobre seu benefício, tais como valor, situação e a data de pagamento do seu benefício.
Os canais para movimentação do dinheiro e consulta de informações permanecem os mesmos: aplicativo Caixa Tem, terminais de autoatendimento, casas lotéricas, correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa.