O Bolsa Família tem sido fundamental para muitas famílias brasileiras, e uma nova tendência vem chamando atenção: grande parte dos beneficiários está conseguindo se inserir no mercado de trabalho formal sem perder o auxílio. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), em 2024, 6 em cada 10 vagas formais criadas foram preenchidas por pessoas que recebem o benefício, rompendo um ciclo de dependência e promovendo a mobilidade social.
Um dos principais fatores que impulsionam essa mudança é a atualização das regras do Bolsa Família. Ao aumentar o valor máximo de renda familiar que permite a continuidade do benefício e estender o período de recebimento para quem consegue um emprego, o governo tem incentivado os beneficiários a buscarem oportunidades no mercado de trabalho sem o medo de perder o auxílio.
A especialista Lila Cunha, colaboradora do FDR, comenta mais sobre o Bolsa Família, confira.
Bolsa Família e carteira assinada
A manutenção do Bolsa Família é possível graças à regra de proteção, que foi ajustada no governo Lula, ampliando o limite de renda para que os beneficiários possam se estabilizar financeiramente antes de deixar o programa. Atualmente, famílias com renda per capita entre R$ 218 e R$ 706 ainda podem continuar a receber 50% do valor do benefício.
Acompanhamento
A integração das bases de dados dos ministérios do Trabalho e do Desenvolvimento Social tem permitido um acompanhamento mais preciso da inserção dos beneficiários no mercado de trabalho. Os números revelam um crescimento significativo no número de pessoas que recebem o Bolsa Família e, ao mesmo tempo, ocupam um emprego formal. Essa dinâmica é positiva, pois demonstra que o programa está cumprindo seu papel de auxiliar as famílias em situação de vulnerabilidade social a superarem a pobreza e a alcançar a autonomia financeira.