STF bate o martelo hoje sobre revisão da vida toda; entenda o que muda para todos os aposentados

Está marcado para acontecer nesta sexta-feira (20) o julgamento de dois recursos que pedem a volta da “revisão da vida toda”. Pelo formato do plenário virtual, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) têm até o dia 27 de setembro para inserirem seu voto. 

revisão da vida toda
STF bate o martelo hoje sobre revisão da vida toda; entenda o que muda para todos os aposentados (Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

As notícias para os aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que contavam com o recálculo do seu benefício, não são tão boas. Isso porque, até o momento já foram registrados cinco votos contra os recursos que pedem pela constitucionalidade do cálculo. 

Falta apenas um voto para formar maioria e rejeitar os pedidos. Os representantes dos segurados do INSS sabiam que a aceitação da revisão era difícil.

Isso porque, em março deste ano o STF já havia derrubado o mecanismo que permitia aos aposentados ou pensionistas optarem pela regra mais vantajosa no cálculo de suas aposentadorias.  

O que é a revisão da vida toda no INSS?

A revisão da vida toda surgiu por meio de uma ADI que questionou o cálculo de aposentadorias e pensões a partir de 1999. Com a reforma da Previdência que ocorreu naquele ano, as contribuições feitas até julho de 1994 deixaram de ser consideradas.

Pelo entendimento desta ADI, não incluir as melhores contribuições anteriores a esse período prejudica o segurado no momento de calcular seu salário.

A ideia era permitir que aposentados e pensionistas que recebem salário do INSS há no máximo 10 anos, conseguissem pedir o recálculo do seu benefício considerando as contribuições feitas antes de julho de 1994.

No entanto, em março o STF entendeu que o segurado não pode escolher o melhor cálculo para o seu pagamento e que as regras de 1999 são constitucionais e devem ser mantidas.

Recursos propostos no novo julgamento da revisão da vida toda

Neste novo julgamento que acontece de 20 a 27 de setembro, os ministros devem julgar ações que solicitam ao STF que:

  1. mantenha o entendimento anterior, permitindo a revisão da vida toda; ou
  2. ao menos garanta o pagamento da correção para aqueles que já têm ação na Justiça. Há cerca de 121 mil processos sobre o tema. 

As ações foram movidas pela CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), que é parte no processo, e pelo Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários).

 

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
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