Horário de verão pode voltar e mudar cobrança da conta de luz; veja como pode lhe afetar

Desde 2019 os brasileiros já não usam mais o horário de verão, situação em que o relógio é adiantado em 1 hora. No entanto, devido a seca extrema das última semanas o governo federal tem estudado essa situação como forma de ajudar a economizar na conta de luz. 

horário de verão
Horário de verão pode voltar e mudar cobrança da conta de luz; veja como pode lhe afetar
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

O objetivo de adiantar o relógio em 1 hora, e usar o horário de verão, é economizar energia elétrica. Isso porque, entende-se que como demora mais para escurecer, a população consegue aproveitar a luz do dia para realizar suas atividades, sem deixar lâmpadas acesas. 

Por exemplo, hoje o sol se põe entre 17h30 e 18h00, caso o horário de verão fosse usado o dia só começaria a escurecer a partir das 18h30. Até esse período, a luz do sol seria usada para iluminar as casas, as ruas, praças, os banhos poderiam ser menos quentes e etc. 

Tempo seco aumenta valor da conta de luz

Além do horário de verão ajudar a economizar no valor da conta de luz, ao usar menos energia elétrica as usinas não precisam ser forçadas. Isso porque, cerca de 50% da energia do país vem dessas usinas, e com as poucas chuvas os reservatórios perdem volume. 

Quanto mais essas usinas são forçadas a trabalhar, mais cara fica a conta de energia elétrica. Tanto que em setembro o governo federal por meio da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) incluiu a tarifa vermelha patamar 1 nas contas. 

Isso significa que há um acréscimo de R$ 4,46 no valor da conta para cada 100 quilowatt-hora consumidos. Os valores já começaram a ser cobrados e os consumidores estão sentindo a diferença na fatura deste mês. 

Como o horário de verão ajuda a economizar na conta de luz?

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) vão apresentar para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a proposta para o retorno do horário de verão. 

Até o fim desta semana o chefe da União deve decidir se vale a pena retornar ao modelo que funciovana até 2019, ou não. 
 
Ao g1, o professor Luciano Duque, mestre em Energia Elétrica, explicou que os efeitos de adiantar o relógio já não são mais os mesmo do passado, porque os hábitos de consumo da população mudaram. 
 
De acordo com uma pesquisa da ONS, a economia com o horário de verão chega no máximo a 0,5% do consumo de energia. 
 

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com