Uma operação da Polícia Federal deflagrada no Ceará revelou um esquema criminoso que envolvia duas estagiárias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). As servidoras estariam desbloqueando ilegalmente milhares de benefícios para a contratação de empréstimos consignados, sem a autorização dos beneficiários.
De acordo com as investigações, as estagiárias atuavam de forma irregular desde dezembro de 2022, desbloqueando benefícios de segurados que sequer haviam solicitado o serviço. A prática era facilitada por uma brecha no sistema do INSS, que permitia que os benefícios fossem liberados para empréstimos sem a necessidade da presença física do beneficiário.
Ao todo, as estagiárias desbloquearam mais de 29 mil benefícios para a contratação de empréstimos consignados. Essa prática criminosa causou um prejuízo milionário ao INSS e aos beneficiários, que tiveram seus nomes utilizados para a obtenção de empréstimos sem o seu consentimento.
A especialista Lila Cunha, colaboradora do FDR, comenta mais sobre o INSS, confira.
Operação da Polícia Federal
A operação da Polícia Federal, batizada de “Ubiquidade”, cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados às investigadas, com o objetivo de apreender provas que possam elucidar o esquema criminoso. As investigações continuam em andamento para identificar outros envolvidos na fraude.
Consequências para os beneficiários
Os beneficiários que tiveram seus benefícios desbloqueados de forma irregular podem ter seus nomes incluídos em cadastros de inadimplentes e podem ter dificuldades para obter crédito no futuro. Além disso, eles podem ser responsabilizados pelas dívidas contraídas em seus nomes.
Com isso, se você foi uma das vítimas dos benefícios desbloqueados de forma irregular, você deve procurar a agência do INSS mais próxima para registrar uma ocorrência e solicitar informações sobre a situação do seu benefício. É importante que os beneficiários preservem todos os documentos relacionados ao benefício, como extratos bancários e comprovantes de pagamento.