4 coisas que ninguém deveria fazer na perícia do INSS: benefício cortado na hora

A perícia médica feita pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é obrigatória para conseguir benefícios por incapacidade. Hoje, já é possível passar pela perícia de forma documental, mas em alguns casos a presença física ainda é obrigatória. 

perícia médica
4 coisas que ninguém deveria fazer na perícia do INSS: benefício cortado na hora
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

A perícia médica do INSS ainda é muito temida pelos segurados. Hoje, o tempo de espera para passar pelo exame tem diminuído, em cerca de 30 a 55 dias. Mas houve casos em que o trabalhador precisou esperar mais de 180 dias para conseguir passar pela consulta. 

Naquela época, entre 2021 e 2023, esse tempo de espera marcou um período de crise dentro do INSS. Atualmente o Atestmed, sistema de perícia médica digital, tem sido a solução para conseguir diminuir o prazo de análise porque apenas o atestado médico é considerado. 

O Instituto busca mudanças neste sistema, e a previsão é de que a partir de outubro sejam convocados para perícia presencial quem receber um atestado médico com licença maior que a comum para aquele tipo de incapacidade. 

Por exemplo, se normalmente uma fratura gera 45 dias de recuperação, o trabalhador que receber licença de 90 dias pelo atestado vai precisar passar pela perícia presencial. Além disso, apenas o auxílio-doença permite que a perícia seja online e não física. 

Quais benefícios do INSS exigem perícia médica?

Pelas regras atuais, todos os benefícios do INSS que são pagos por incapacidade exigem que o trabalhador passe por perícia médica. O que incluí:

4 erros na perícia médica do INSS que podem cortar o benefício

Existem algumas atitudes, ações e providências tomadas pelo trabalhador que mais dificultam do que ajudam a liberação do seu benefício no INSS.

Ao avaliar o caso individualmente, pode ser que o perito médico entenda que aquele cidadão não tem direito de receber o salário porque ele cometeu um erro que acaba impedindo a liberação. 

Na verdade, não existe uma lista fixa de doenças que dão direito a benefícios por incapacidade no INSS. O motivo é muito simples: não é a doença que dá acesso ao benefício, mas sim o quanto esta doença incapacitou o trabalhador.

Em outras palavras, o que vai garantir que consiga o benefício, seja auxílio temporário ou permanente, é as suas condições de voltar a trabalhar, não a doença que o incapacitou. 

Por isso, a recomendação é levar no dia da perícia todos os documentos que comprove que está incapaz, como: laudos médicos, exames, receitas e outros. 

Ir para a perícia médica sem a documentação obrigatória para o pedido do seu benefício é um grande erro. É muito importante verificar antes do dia da consulta médica quais são os documentos necessários, normalmente são inclusos:

É importante que os exames médicos e os laudos estejam atualizados.

Durante a perícia médica o perito vai conversar com o trabalhador, mas não se trata de uma consulta. Por isso, evite falar assuntos que sejam desnecessários ou que não contribuíam em nada com a identificação da sua incapacidade. 

Ao contrário disso, seja sempre muito objetivo. Diga como a doença adquirida o incapacita para trabalhar, quais as funções exerce no seu trabalho e como tem se sentido de saúde nos últimos dias. 

Um erro muito comum, e ao mesmo tempo muito grave é mentir durante a perícia médica. As pessoas tendem a aumentar a situação que viveram, ou inventar alguma dor para conseguir a aprovação mais rápida do benefício. 

Não faça isso! Se for descoberto que as suas palavras não condizem com a realidade o benefício será negado imediatamente pelo perito. 

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
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