STF volta a julgar revisão da vida toda do INSS e aposentados celebram mudança; descubra o que pode mudar

Um novo julgamento sobre a revisão da vida toda está marcado para acontecer no STF (Supremo Tribunal Federal). Os ministros se reunem mais uma vez para analisar o tema, dessa vez em relação aos pedidos de esclarecimento sobre a ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade).

revisão da vida toda
STF volta a julgar revisão da vida toda do INSS e aposentados celebram mudança; descubra o que pode mudar (Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

O julgamento sobre a revisão da vida toda no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tem se arrastado por anos. A mais recente começou em 23 de agosto por plenário virtual, quando haviam 4 fotos favoráveis a inconstitucionalidade deste tipo de cálculo. 

Em 2022, a revisão havia sido aprovada quando o STF julgou o tema 1.102, que trata diretamente do caso. No entanto, em março deste ano ao julgar duas ADIs protocoladas em 1999 contra a lei 8.213, que criou o fator previdenciário, a decisão foi contrariada.

Os ministros decidiram, por 7 votos a 4, que a correção da vida toda nos pagamentos do INSS não é possível. Isso porque, entenderam que não cabe ao aposentado escolher o melhor tipo de cálculo para o seu pagamento.

O que é a revisão da vida toda no INSS?

A revisão da vida toda surgiu por meio de uma ADI que questionou o cálculo de aposentadorias e pensões a partir de 1999. Com a reforma da Previdência que ocorreu naquele ano, deixou-se de considerar as contribuições feitas até julho de 1994.

Pelo entendimento desta ADI, não considerar as melhores contribuições anteriores a esse período prejudica o segurado no momento de calcular seu salário.

A ideia era permitir que aposentados e pensionistas que recebem salário do INSS há no máximo 10 anos, conseguissem pedir o recálculo do seu benefício considerando as contribuições feitas antes de julho de 1994.

No entanto, em março deste ano o STF entendeu que o segurado não pode escolher o melhor cálculo para o seu pagamento e que as regras de 1999 são constitucionais e devem ser mantidas.

Quando acontece o novo julgamento da revisão da vida toda

Agora, com o novo julgamento marcado para acontecer em 20 de setembro, os ministros devem julgar ações que pedem que o STF reconsidere sua decisão e:

  1. mantenha o entendimento anterior, permitindo a revisão; ou
  2. ao menos garanta o pagamento da correção para aqueles que já têm ação na Justiça.

As ações foram movidas pela CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), que é parte no processo, e pelo Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários).

 

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com