Os brasileiros já podem emitir a CIN (Carteira de Identidade Nacional). O novo documento que só passa a valer obrigatoriamente em 2032, está disponível para emissão totalmente gratuita e já virou a opção de pelo menos 11 milhões de brasileiros.
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)
Os cidadãos que se interessarem já podem emitir a CIN no posto de emissão de documentos civis do seu estado. Por exemplo, o Poupatempo, o Detran e qualquer outro similar a esse.
Desde janeiro deste ano os estados foram obrigados a oferecer a nova versão de identidade dos brasileiros. A boa notícia é que quem fizer a troca não vai pagar nenhum valor por isso, a primeira via é totalmente gratuita.
A renovação do documento, que pode acontecer em um prazo de 3 a 10 anos dependendo da idade que o cidadão tinha na emissão da primeira via, também é gratuita.
Mas não é preciso jogar seu RG ou CPF fora, os documentos continuam valendo até 2032. E o CPF será mantido como registro pessoal do cidadão, a única mudança mais forte é o fim do RG que deixará de ser utilizado.
Em cada estado brasileiro um RG diferente pode ser emitido, e para o governo brasileiro isso é ruim porque dificulta o reconhecimento do cidadão. É por essa razão que o CIN que é mais moderno e tecnológico deve substituir a documentação atual.
O que muda com a emissão do novo documento de identidade?
As principais mudanças ao aderir o novo documento de identidade é o fim do RG, e a possibilidade de incluir em uma mesma carteira vários tipos de identificação.
Com a troca do documento que é emitido de forma gratuita o cidadão vai ter acesso a:
- Um único documento de identificação, agora apenas o CPF;
- Versão física (impressa) e digital (disponível no App);
- O cidadão também pode optar por incluir no mesmo documento:
- Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
- Número de Identificação Social (NIS);
- Cartão Nacional de Saúde;
- Título Militar e Carteira de Trabalho;
- Carteira de vacinação;
- Título de eleitor;
- Primeira via e renovação são gratuitas;
- Validade de 10 anos para maiores de 60 anos.
Como emitir o novo documento de identidade?
A nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) já está disponível em pelo menos 24 estados brasileiros e no Distrito Federal. Apenas Roraima e Amapá não liberam este documento.
O Ministério de Gestão e Inovação (MGI) informou que já foram emitidos 11,1 milhões de novos documentos de identidade com essa versão mais moderna.
Para entrar para lista basta que o cidadão siga o passo a passo:
- Agende o atendimento no órgão emissor de documento civil no seu estado (ex.: Detran, Poupatempo, Vapt-Vupt e etc.);
- Na data e hora marcada compareça pessoalmente;
- Leve seu documento atual, mais os demais documentos que deseja incluir na sua CNI;
- Aguarde a emissão da carteira.
Eu explico como fazer a emissão no Rio de Janeiro, confira por aqui. E no estado de São Paulo, nesta matéria.
Documentos necessários
No dia da emissão da CIN leve os seguintes documentos:
- RG atual ou certidão de nascimento do bebê;
- Certidão de casamento;
- Registro profissional que deseja incluir;
- Carteirinha do SUS, se desejar incluir;
- Comprovante de tipo sanguíneo, se desejar incluir (permitido para pessoas acima dos 5 anos de idade).
Verifique se há necessidade de levar cópia desses documentos. Em todo caso, é importante que a versão original esteja em mãos. Não é necessário levar foto 3×4 que é tirada no próprio local.
O que acontece com o RG e o CPF usados atualmente?
No caso do CPF ele continua sendo válido, e a sua numeração permanece sendo usada para identificar os cidadãos. Hoje, um número de CPF é emitido junto com a certidão de nascimento, ou seja, até os bebês já possuem esse cadastro nas bases do governo.
A diferença é que o CPF passa a ser a única forma de identificação nacional do brasileiro. Enquanto isso, o RG não existirá mais. Ao emitir a CIN o cidadão deixa de usar o seu número de RG para se rreconhecido apenas pelo CPF.
Como foi dito, o Ministério de Gestão e Inovação entendeu que a permissão de emitir um RG em cada estado aumenta as chances de clonagem de dados, fraudes e até mesmo falsidade ideológica.
Mas os brasileiros podem manter a calma, não é preciso correr para um posto de emissão de documentos. O atual RG é válido até 2032, e somente a partir desta data é que a CIN passa a ser obrigatória.
