O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu mudar as regras de financiamento do Minha Casa, Minha Vida para quem se enquadra na faixa 3. Neste grupo estão as famílias com os maiores rendimentos, com ganhos de até R$ 8 mil por mês.
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)
Embora o próprio presidente Lula tenha dito que gostaria de promover melhorias no Minha Casa, Minha Vida para o público da faixa 3 e de renda média, o que aconteceu foi o oposto.
A nova decisão do governo, já publicada no Diário Oficial da União na terça-feira (6), decidiu encarecer a compra de um imóvel para quem ganha até R$ 8 mil.
O que muda no Minha Casa, Minha Vida?
As alterações adotadas no Minha Casa, Minha Vida valem para compras de imóveis usados, ou seja, aqueles que não são seminovos. O motivo, segundo o poder público, é tentar frear o aumento de financiamentos deste tipo de imóvel.
Com isso, as mudanças adotadas a partir de agosto são:
- aumento da entrada exigida para 50% do valor da casa ou apartamento (anteriormente entre 25% e 30%) para as regiões Sul e Sudeste;
- aumento da entrada de 20% para 30% nas demais regiões. Ou seja, o teto do financiamento caiu de 80% para 70% do valor do imóvel;
- reduzir o valor máximo do imóvel R$ 350 mil para R$ 270 mil; medida para todo o país.
Como comprar imóvel usado pelo Minha Casa, Minha Vida?
Diferente dos imóveis novos que são oferecidos na planta por construtoras parceiras, as famílias da faixa 3 que quiserem financiar uma casa ou apartamento usado devem estar atentos.
O passo a passo pelo Minha Casa, Minha Vida é:
- Encontre um imóvel dentro do limite de valor imposto pelo programa (até R$ 270 mil);
- Procure a Caixa Econômica para simular o financiamento;
- Apresente os documentos de comprovação da sua renda, e de matrícula do imóvel;
- Pague o valor de entrada;
- Financie o restante dentro das regras do programa habitacional.
