Hoje não existe um inscrição direta para o Bolsa Família, para conseguir a vaga no programa é preciso passar por uma triagem feita nos dados do Cadastro Único. Pela primeira vez em 14 anos o governo federal discute a possibilidade de mudanças neste cadastro.
Segundo a Folha de S. Paulo, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prepara a primeira reforma do Cadastro Único em 14 anos. Além do Bolsa Família, essa base de dados serve para seleção de 2 mil benefícios sociais, pagos pelo governo federal, estadual ou municipal.
O que pode mudar na entrada do Bolsa Família?
Qualquer alteração no Cadastro Único mexe automaticamente com a entrada no Bolsa Família. Isso porque, hoje para ter acesso ao benefício é preciso primeiro estar nesta base de dados.
Conforme há disponibilidade de orçamento público o governo vai selecionando novos candidatos que atendem aos critérios do programa. No caso do Bolsa Família é preciso ter renda máxima de R$ 218 por pessoa.
A secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social), Letícia Bartholo, adiantou para Folha como vai funcionar o novo CadÚnico:
- As bases de dados do governo federal serão interligadas, a fim de consultar dados das famílias;
- Haverá comunicação direta e online entre essas bases de dados.
Para entender melhor, hoje quando há um processo de revisão de dados a fim de descobrir se tem um grupo com renda maior do que a informada, se mudou de endereço, se foi admitido em um novo emprego e etc., o governo para o Cadastro Único por até quatro dias.
Com a modernização dessa base, prevista para começar em março de 2025, não será preciso um processo tão longo. Tudo ocorrerá de forma mais rápida, simples e com menos burocracia.