O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) está com uma série de problemas que resultaram no aumento da fila de espera para receber benefícios previdenciários. Entre eles, conforme o próprio Instituto admitiu, há um apagão de dados.
O Ministério da Previdência Social (MPS) passa atualmente por um apagão de dados estatísticos sem a emissão do tradicional Boletim Estatístico da Previdência Social (Beps). O relatório do Beps é usado para criar políticas públicas que possam atender os segurados do INSS.
Apagão de dados do INSS suspende o Beps
O Beps é publicado desde 1996, e por meio dos dados compartilhados por esse relatório é que se comprova se houve ou não redução da fila de espera dos pedidos no INSS.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou em 2023 com mais de 1 milhão de pedidos na fila de espera. O plano era diminuir esse número ao longo do mandato, e em 2024 o tempo médio de espera passou para 47 dias.
Agora não é possível quantificar os pedidos que estão nesta fila, porque o Beps não consegue ser produzido. Houve um apagão nos dados estatísticos por conta do cancelamento de todos os acessos remotos ao sistema que reúne as informações detalhadas dos benefícios.
Problemas no INSS agravam fila de espera
Além do apagão no sistema de dados, o INSS ainda tem que enfrentrar outras dificuldades que resultam no aumento de benefícios na fila de espera. Como:
- Sem os dados do Beps o pente-fino que busca excluir quem está irregular e beneficiar novos segurados fica comprometido;
- Os servidores do INSS entraram em greve pedindo por aumento salarial e valorização de carreira;
- Voltou a ser obrigatória a perícia médica para conseguir renovação do auxílio-doença, o que antes era adquirido por análise de atestado.