O sonho da casa própria pode ficar mais distante para muitos brasileiros. O Governo Federal está avaliando mudanças nas regras do programa Minha Casa Minha Vida, com o objetivo de controlar o crescimento dos financiamentos para imóveis usados e garantir recursos para a construção de novas unidades.
A medida, que deve ser anunciada nos próximos dias, preocupa quem busca adquirir um imóvel usado, principalmente na faixa de renda entre R$ 4.400 e R$ 8 mil. A expectativa é que o valor da entrada para esses imóveis seja aumentado, tornando a compra mais difícil para muitas famílias.
A especialista Lila Cunha, colaboradora do FDR, comenta mais sobre o Minha Casa Minha Vida, confira.
Por que as mudanças?
O aumento significativo da procura por imóveis usados nos últimos anos tem pressionado o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), principal fonte de recursos para o programa. Atualmente, mais de 30% dos financiamentos do Minha Casa Minha Vida são para imóveis usados, um número bem superior aos anos anteriores.
O governo argumenta que a construção de novos imóveis gera mais empregos e movimenta a economia. Além disso, a medida visa garantir a sustentabilidade do programa a longo prazo.
Saiba mais sobre o Minha Casa Minha Vida no vídeo do especialista Ariel França, colaborador do FDR.
O que pode mudar?
As famílias de menor renda, com ganhos abaixo de R$ 4 mil, não serão afetadas pelas novas regras do Minha Casa Minha Vida. No entanto, para quem ganha entre R$ 4.400 e R$ 8 mil, a entrada para a compra de imóveis usados pode aumentar de 25% para 30%, dependendo da região.
O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que o objetivo do governo é encontrar um equilíbrio entre a demanda por imóveis novos e usados, garantindo a sustentabilidade do programa e a geração de empregos.