Atrasados do INSS serão extintos? Veja o que muda com a revisão da vida toda

Os atrasados do INSS enfrentam novas incertezas com a iminente decisão sobre o Tema 1124, que será debatido pelo STJ. Após a recente rejeição da Revisão da Vida Toda pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o novo julgamento pode definir como os efeitos financeiros dos benefícios previdenciários serão calculados.

Atrasados do INSS serão extintos? Veja o que muda com a revisão da vida toda. Imagem: Jeane de Oliveira/FDR

A decisão a ser tomada abordará a partir de quando os efeitos financeiros dos benefícios concedidos ou revisados judicialmente deverão ser aplicados, considerando provas não analisadas previamente pelo instituto. A alteração no formato dos atrasados do INSS pode ter um grande impacto na gestão e nos cálculos dos benefícios para os aposentados.

A liberação dos atrasados do INSS está prestes a sofrer novas mudanças com a discussão sobre a aplicação do termo “caso superada a ausência do interesse de agir”. Esta expressão pode alterar significativamente a forma como os benefícios previdenciários são calculados e retroativos são pagos.

O interesse de agir, um conceito crucial, pode ser interpretado de diversas maneiras. Por exemplo, se um segurado solicita aposentadoria rural sem seguir todos os procedimentos administrativos exigidos, como preencher formulários ou solicitar justificativas no INSS, seu pedido pode ser negado. 

Caso recorra ao Judiciário, a decisão pode depender dessa interpretação detalhada do interesse de agir. A análise dos atrasados do INSS pode ser impactada por uma recente interpretação judicial. 

O juiz responsável pode determinar que, devido à falta de documentação e formulários necessários no pedido inicial, o segurado só tem direito aos valores retroativos a partir da abertura do processo judicial, e não desde a solicitação feita diretamente ao INSS.

A complexidade do Direito Previdenciário é um fator crítico nessa discussão. A constante atualização das normas pelo INSS dificulta o entendimento por parte dos segurados, tornando o processo ainda mais confuso e contribuindo para que o instituto seja o órgão que mais enfrenta litígios no sistema judiciário.

Continue acompanhando para entender quais são as expectativas em relação aos atrasados do INSS. Enquanto isso, neste artigo, eu te apresento a lista de aposentadorias e benefícios previdenciários que podem ser afetados pela nova avaliação judicial. Confira!

Expectativas para o futuro dos atrasados do INSS

O debate sobre os atrasados do INSS ganhou um novo impulso com o pedido de audiência pública feito pelos institutos IEPREV e IBDP. Atuando como amicus curiae, essas instituições visam aprofundar a discussão científica sobre o tema, que não pode ser totalmente explorado durante os julgamentos formais.

O pedido de audiência busca permitir a participação de renomados juristas, como Roberto de Carvalho e Marco Aurélio Serau Junior, entre outros, para ampliar a discussão além das limitações dos julgamentos tradicionais. A expectativa é que o STJ aprove a conferência, possibilitando um debate mais abrangente e enriquecedor sobre o assunto.

A discussão sobre os atrasados do INSS ganha força com a proposta de uma audiência pública, que promete beneficiar a ciência jurídica e a democracia. Decisões que afetam diretamente a vida de milhões de brasileiros merecem um debate mais amplo do que o que pode ser realizado apenas dentro dos processos judiciais.

O objetivo é proporcionar um espaço para que especialistas e juristas discutam em profundidade os impactos dessas decisões, assegurando que as questões relevantes sejam tratadas com a devida atenção e transparência.

Justiça libera R$ 2 bilhões em atrasados do INSS

O Conselho da Justiça Federal (CJF) anunciou a liberação de R$ 2,06 bilhões destinados ao pagamento de aposentados e pensionistas do INSS. Esses recursos serão aplicados em Requisições de Pequeno Valor (RPVs), abrangendo até 60 salários mínimos, o que equivale a R$ 84.720 neste ano.

A medida visa regularizar os pagamentos atrasados e proporcionar alívio financeiro a muitos segurados, atendendo a uma demanda significativa de quem aguarda a regularização de seus benefícios.

Os atrasados do INSS receberão um alívio financeiro com a liberação de R$ 2,06 bilhões pelo Conselho da Justiça Federal (CJF). O montante será destinado a beneficiários que conquistaram judicialmente a concessão ou revisão de benefícios como aposentadoria e auxílio-doença.

A quantia será distribuída entre aproximadamente 134,5 mil pessoas, referente a 101,2 mil processos cujos pagamentos foram autorizados em maio deste ano. O valor dos atrasados do INSS a ser depositado varia conforme o tribunal responsável, e os beneficiários devem verificar os procedimentos específicos em seus sites regionais. O Tribunal Regional Federal (TRF) da área pode fornecer as informações detalhadas sobre como proceder.

De acordo com o CJF, o pagamento está previsto para ocorrer até duas semanas após o início do processamento. Nesta fase, o beneficiário deve abrir uma conta na Caixa Econômica Federal ou no Banco do Brasil, seja em seu nome ou no de seu advogado.

Para os residentes em São Paulo, o TRF competente é o da 3ª Região. A consulta pode ser feita através do site trf3.jus.br, onde é necessário informar o CPF do beneficiário, o número do processo ou a OAB do advogado responsável.

Como consultar os atrasados do INSS?

Veja o passo a passo:

  1. Na página inicial, vá em “Consulta processual”;

  2. Em seguida, clique em “Consultas por OAB, Processo de origem, Ofício Requisitório de origem ou Número de protocolo”;

  3. Informe um dos números solicitados e vá em “Não sou um robô”;

  4. Clique nas imagens solicitadas e, depois, em verificar;

  5. Vá em “Pesquisar”;

  6. Na página seguinte, aparecerá o atrasado;

  7. Se for uma RPV, essas siglas estarão no campo “Procedimento”.

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Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.