Clientes Caixa Tem são vítimas de quadrilha que roubava dados e dinheiro das contas

Foi descoberto pela Polícia Federal (PF) um grupo criminoso especializado em fraudar programas de transferência de renda, ou seja, os benefícios sociais. Na última quarta-feira (10) 11 mandados de prisão temporária e 16 de busca e apreensão em cinco estados

benefícios sociais
Clientes Caixa Tem são vítimas de quadrilha que roubava dados e dinheiro das contas
(Foto: FDR)

A estimativa da Polícia Federal é que o grupo de bandidos tenham chegado a fraudar R$ 10 milhões, ao desviar os benefícios sociais pagos pela Caixa Econômica. Entre esses benefícios estão, por exemplo, o Bolsa Família e o Auxílio-gás de nível nacional. 

Como funcionou o desvio de dinheiro dos programas sociais?

De acordo com apuração da Polícia Federal, foram desviados R$ 10 milhões. Para isso, os bandidos contaram com a ajuda de um servidor e duas funcionárias terceirizadas da Caixa.

Também foi descoberto que esses funcionários receberam propina para liberar o acesso dos criminosos ao App Caixa Tem, a conta poupança social por onde são pagos os programas de transferência de renda.

Para desvio do dinheiro da sua real função, o grupo criminoso abria diversas contas bancárias em nome de moradores de rua, sem que essas pessoas soubessem do uso indevido de sua identidade.

Depois disso, eles se apropriavam das contas digitais dessas pessoas, por meio do Caixa Tem, e desviavam os valores recebidos pelos programas de transferência de renda para os integrantes da associação criminosa.

Fiscalização da Polícia Federal sobre as contas do Caixa Tem

Com base neste caso é possível entender que caso seja descoberto que uma pessoa tem recebido o programa social em nome de outro, essa situação pode ser considerada como crime. 

Especificamente neste caso, seis pessoas foram presas até agora: três no Rio de Janeiro (duas em São Gonçalo e uma em Niterói), uma em São Paulo, uma no Amazonas e uma no Piauí.

Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Niterói, no Rio de Janeiro, e a Caixa Econômica colaborou com as investigações. 

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Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com