Com o intuito de detectar possíveis irregularidades e garantir a sustentabilidade dos programas sociais, o Governo Federal iniciará a revisão em mais de 700 mil beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e do auxílio-doença, também chamado de Benefício por Incapacidade Temporária. A medida faz parte do plano de ajuste fiscal do governo que tenta reduzir gastos públicos.
De acordo com estimativas do INSS, aproximadamente metade dos beneficiários desses auxílios podem estar recebendo pagamentos indevidos, devido à falta de revisões periódicas obrigatórias a cada dois anos por lei.
Para viabilizar essa revisão em larga escala, o INSS utilizará a ferramenta Atestmed, que permite a análise documental de benefícios de curto prazo. Isso permitirá que os servidores se concentrem na revisão dos demais benefícios, garantindo maior eficiência no processo.
A especialista Laura Alvarenga, colaboradora do FDR, comenta mais sobre o BPC, confira.
Combate a fraudes
A estimativa do INSS aponta que cerca de metade dos auxílios-doença e BPCs podem estar sendo pagos indevidamente. Essa realidade, segundo o Instituto, se deve à falta de revisões periódicas, que, por lei, deveriam acontecer a cada dois anos.
Assim, para garantir a revisão em massa, o INSS contará com a ferramenta Atestmed, que permite a análise documental de auxílios de curto prazo. Essa medida liberará servidores para se concentrarem na revisão dos demais benefícios.
Além do BPC e do Benefício por Incapacidade Temporária, o Governo também está prevendo cortes no abono salarial do PIS/PASEP, para revisar as regras de elegibilidade e restringir o benefício a um grupo menor de trabalhadores; no seguro-desemprego do FGTS, o qual pretendem reduzir o número de parcelas e também revisar os critérios; e na previdência dos militares também poderá ser revisada com possíveis ajustes nos critérios de aposentadoria e pensões.