O sistema de aposentadorias do Brasil está passando por uma crise muito grave, e há preocupações de que os pagamentos de aposentadorias e outros benefícios possam parar.
Especialistas e autoridades alertam que, se mudanças importantes não forem feitas rapidamente, o país pode chegar a um ponto onde não será mais possível manter os pagamentos de aposentadorias. Entenda melhor ao longo da matéria.
A especialista Lila Cunha, colaboradora do FDR, comenta mais sobre a Previdência, confira.
Reforma da Previdência
A Reforma da Previdência, implementada em novembro de 2019, teve como objetivo principal garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário brasileiro.
No entanto, recentes projeções indicam que alguns aspectos das mudanças podem ser anulados, colocando em risco as aposentadorias e benefícios.
Ameaça às aposentadorias e benefícios
Para compreender a complexidade da situação, é essencial saber que a Previdência Social adota o salário mínimo como base. Assim, projeções indicam que os gastos da Previdência crescerão a uma taxa de 2,5% acima da inflação e do crescimento econômico previsto no novo arcabouço fiscal. Caso essa tendência se mantenha, em 2027 os gastos previdenciários poderão tornar inviável o cumprimento das metas fiscais.
O Governo Federal estima que, em 2025, cada R$ 1 de aumento no salário mínimo resultará em um gasto adicional de R$ 359 milhões para a Previdência Social.
Propostas
Diante desse cenário, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sugeriu, em suas redes sociais, a leitura de um artigo do pesquisador Bráulio Borges, da Fundação Getulio Vargas. Nele, Borges apresenta uma perspectiva diferente, menos pessimista, sobre a situação, propondo o corte de gastos e critica alguns aspectos do novo arcabouço fiscal.
Borges também sugere desvincular o piso do INSS do salário mínimo, utilizando outro mecanismo para reajustar aposentadorias e benefícios previdenciários. Essa proposta visa tornar o sistema mais sustentável a longo prazo.