Fim do RG e CNH marca nova era dos documentos brasileiros; veja como emiti-los

A legislação brasileira está passando por mudanças que alteram a emissão de documentos e está removendo alguns que fizeram parte do cotidiano por décadas. A alteração mais significativa consiste no fim do RG e CNH, credenciais, até então, fundamentais de identificação no Brasil.

Fim do RG e CNH marca nova era dos documentos brasileiros; veja como emiti-los. Imagem: Jeane de Oliveira/FDR

Essas mudanças são resultado da Resolução nº 996/2023 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que flexibiliza a obrigatoriedade da CNH para certos tipos de motoristas. No entanto, é importante observar que essa flexibilização dos documentos brasileiros não se aplica a todos, sendo restrita a casos específicos.

Essas alterações refletem a busca por modernização e simplificação dos documentos brasileiros, mas é necessário estar ciente das exceções e entender em quais situações a CNH ainda é exigida. Os detalhes da aplicação dessas mudanças e como elas afetarão os condutores ainda estão sendo discutidos e monitorados.

A nova resolução traz mudanças significativas para os condutores de determinados tipos de veículos, removendo a exigência de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em várias situações. Veja os casos em que a CNH não é mais necessária:

Para dispositivos de mobilidade individual, como patinetes elétricos, skates e monociclos autoequilibráveis, a regulamentação foi simplificada. Esses meios de transporte podem ser utilizados em calçadas, ciclovias e áreas de pedestres sem a obrigatoriedade da CNH, facilitando a circulação desses dispositivos.

No caso das bicicletas, a exigência de CNH nunca existiu, mas a resolução reafirma que pedalar não requer qualquer tipo de habilitação, deixando claro que ciclistas não precisam de licença para trafegar.

Para veículos agrícolas de pequeno porte, como tratores e colheitadeiras, utilizados apenas em propriedades rurais ou em áreas privadas, a CNH não é mais obrigatória. Essa medida desburocratiza o uso de maquinário agrícola em locais específicos, tornando o trabalho rural mais acessível.

O Cadastro de Identificação do Contribuinte (CIC), amplamente utilizado desde 1965, não é mais parte do sistema de identificação no Brasil. Esse registro, que servia como número de identificação fiscal, foi oficialmente substituído pelo Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) em 1968.

Desde então, o CPF tornou-se o principal documento de identificação para brasileiros e residentes a partir de 12 anos, sendo obrigatório mesmo para aqueles sem atividade fiscal. A mudança sinaliza uma tendência para simplificação e unificação dos documentos brasileiros, similar ao que está acontecendo com o Registro Geral (RG).

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Documentos brasileiros ganham nova versão 

A Carteira de Identidade Nacional (CIN), também conhecida como novo RG, foi introduzida no Brasil em agosto de 2022 com a missão de atualizar e padronizar o principal documento de identificação do país. Uma das principais mudanças é a adoção de um formato único, válido em todas as regiões do Brasil, eliminando variações estaduais.

Além disso, a CIN traz melhorias para evitar fraudes, como QR code para verificação rápida de autenticidade e um layout mais seguro. O objetivo é simplificar a vida dos cidadãos e fortalecer a segurança dos documentos brasileiros.

A CIN agora incorpora elementos avançados de segurança, como impressão em policarbonato, microimpressão e QR Code. Com o código, qualquer pessoa pode validar digitalmente a autenticidade do documento usando um smartphone conectado à internet.

O novo RG também apresenta algumas mudanças: o campo “sexo” foi removido, e há a possibilidade de incluir dados da carteira de estudante no mesmo documento, acessível por meio do QR Code.

Além do formato físico, a CIN também tem uma versão digital integrada ao aplicativo Gov.br. Essa versão digital permite comprovar a identidade de forma prática e segura em situações onde a apresentação do documento seja necessária.

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Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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