Desempregados podem receber R$ 600, R$ 102, R$ 1.412 ou até R$ 2.313; entenda

O governo brasileiro oferece suporte financeiro para os desempregados. Esses programas visam ajudar a manter a estabilidade financeira durante períodos difíceis. Entre os benefícios estão o seguro-desemprego e o Bolsa Família. Eles oferecem alívio temporário para quem enfrenta vulnerabilidade devido à perda de emprego.

Desempregados podem receber R$ 600, R$ 102, R$ 1.412 ou até R$ 2.313; entenda. Imagem: Jeane de Oliveira/FDR

Para os brasileiros que estão desempregados, o seguro-desemprego é uma ajuda financeira imediata. Já o Bolsa Família oferece suporte contínuo para famílias em situação de vulnerabilidade. Ambos os programas são importantes para quem enfrenta dificuldades financeiras. Muitos têm dúvidas sobre a elegibilidade para receber esses benefícios em conjunto ou em sequência.

Compreender esses programas, seus critérios de elegibilidade e como eles se complementam é essencial para que os beneficiários possam planejar melhor suas finanças e buscar uma recuperação econômica eficaz.

Abaixo é possível compreender melhor sobre o funcionamento de cada um dos benefícios para brasileiros desempregados. Neste link, eu explico como o reajuste no salário mínimo de 2025 pode afetar os valores pagos através das iniciativas mencionadas. Acompanhe!

Benefícios para desempregados 

Seguro-desemprego 

O seguro-desemprego é uma espécie de poupança convertida em benefício pago exclusivamente aos trabalhadores desempregados. O direito é concedido somente aos cidadãos com carteira assinada por, no mínimo, um ano. 

Apesar de a assinatura na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) ser um dos principais critérios para a aquisição do seguro-desemprego, não é o suficiente para dar direito a acessar o benefício. É essencial se enquadrar em alguns outros requisitos, como:

Bolsa Família

Tem direito toda família com renda mensal de até R$ 218 por pessoa. Isso significa que a renda somada de todos os integrantes da família dividida pelo número de pessoas deve ser menor que R$ 218.

Considere o exemplo de uma mãe que cria sozinha três filhos pequenos. Trabalhando como diarista, ela ganha R$ 800 por mês. Como os filhos não trabalham, esses R$ 800 são a única renda da família. Dividindo R$ 800 (renda total) por quatro (número de pessoas na família), o resultado é R$ 200. Como R$ 200 é menor que R$ 218, essa mãe e seus três filhos têm direito a receber o Bolsa Família.

As famílias devem cumprir compromissos nas áreas de saúde e de educação. São elas:

Índice de desempregados no Brasil

No primeiro bimestre de 2024, os pedidos de seguro-desemprego atingiram seu ponto mais alto desde 2015. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) indicam que 1,2 milhão de solicitações foram registradas no país entre janeiro e fevereiro.

Os números representam um aumento de 8% em comparação com o mesmo período de 2023. O montante total pago pelo seguro-desemprego também aumentou significativamente, passando de R$ 6,1 bilhões nos dois primeiros meses de 2023 para R$ 7,3 bilhões no mesmo período deste ano, refletindo um aumento de 19,6%.

De acordo com o Painel de Informações do Seguro-Desemprego do Ministério do Trabalho e Emprego, o benefício foi solicitado por 1,39 milhão de pessoas até o momento. O aumento na solicitação do benefício reflete a dinâmica do mercado de trabalho, com o ministério destacando que a rotatividade contribui para esse cenário. 

Com mais trabalhadores formalmente empregados, aumenta o contingente de pessoas elegíveis para solicitar o seguro-desemprego. De acordo com a Pnad Contínua do IBGE, a taxa de desemprego no Brasil atingiu 7,6% no trimestre encerrado em janeiro, o menor índice desde 2015.

No ano anterior, foram criadas 1.483.598 vagas de trabalho com carteira assinada, conforme dados do Caged. Esse número representa uma queda de 26,3% em comparação com 2022, quando foram gerados 2,01 milhões de empregos.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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