O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou na Bolsa de Valores brasileira (B3), que o programa Voa Brasil, com passagens aéreas de até R$ 200, será destinado exclusivamente a aposentados do INSS com renda até dois salários-mínimos e estudantes do ProUni que não tenham viajado de avião no último ano.
Essa configuração atende a aproximadamente 20 milhões de aposentados e um milhão de estudantes, conforme a atualização do programa. Costa Filho enfatizou que desde o início, o Voa Brasil foi planejado para esse público específico.
Na oportunidade, o ministro destacou a impossibilidade de estender a oferta de passagens a R$ 200 para todos os segmentos de forma imediata. Em contraste com declarações anteriores, a proposta atual foca em beneficiar esses dois grupos específicos.
O programa Voa Brasil, mesmo com alterações nos beneficiários, mantém seu propósito inicial de oferecer passagens mais acessíveis em voos com assentos disponíveis, complementando a ocupação das aeronaves até 80%.
Silvio Costa Filho, revelou planos de estabelecer um fundo garantidor, estimado entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões, para facilitar empréstimos das companhias aéreas junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A discussão concentra-se em estratégias para assegurar que o BNDES possa viabilizar esses financiamentos de maneira eficaz. O programa Voa Brasil está prestes a ser oficializado na primeira quinzena de março, almejando impulsionar o transporte aéreo.
Essa iniciativa representa um suporte crucial para um setor que enfrenta desafios crescentes, promovendo inovações e possíveis melhorias em sua estabilidade.
Quem poderá participar do Voa Brasil?
O programa Voa Brasil inicialmente atenderá aposentados com renda de até dois salários mínimos, cerca de 20 milhões de pessoas, e estudantes do Prouni, aproximadamente 600 mil.
O governo planeja divulgar a quantidade de passagens disponíveis na primeira fase durante o lançamento, previsto para fevereiro. Silvio Costa Filho destacou que as negociações com as companhias aéreas estão bem encaminhadas.
No anúncio inicial, em dezembro, o presidente da Azul, John Rodgerson, prometeu 10 milhões de assentos por até R$ 799, enquanto o presidente da Gol, Celso Ferrer, mencionou 15 milhões de assentos por até R$ 699. Jerome Cadier, da Latam, comprometeu-se com promoções semanais, garantindo destinos com bilhetes sempre abaixo de R$ 199.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu agilidade no lançamento do programa, razão pela qual o ministro resolveu colocar a mão na massa e procurar as companhias aéreas tradicionais que atuam no país na tentativa de conseguir com que façam preços mais baixos que se encaixem no Voa Brasil.
Como será a aquisição das passagens aéreas pelo Voa Brasil?
De acordo com o ministério, a intenção é vender esses bilhetes mais baratos fora da alta temporada, em dois períodos: de fevereiro a junho e de agosto a novembro, quando tradicionalmente ocorre uma ociosidade média de 21% nos voos domésticos.
“Com isso, a gente vai acabar barateando todas as passagens, porque na medida em que não tem mais ociosidade, as outras passagens também podem ficar mais baratas”, projeta o ministro.
Os participantes poderão comprar até duas passagens por ano, com direito a um acompanhante em cada trecho. Os bilhetes deverão ser pagos em até 12 vezes com juros, no valor de até R$ 72 para cada prestação.
O chefe da pasta assegurou que a passagem aérea não ficará mais cara para os demais passageiros, tendo em vista que o custo de cada trecho é calculado com base no número de assentos por quilômetro voado. Desta forma, quanto mais assentos por quilômetro estiverem preenchidos, mais barato será o valor da passagem.
Lançamento do Voa Brasil em espera
Posteriormente ao anúncio realizado em março pelo ex-ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, sobre o programa Voa Brasil, cujo propósito era reduzir os custos das passagens aéreas para determinados grupos sociais, como estudantes e aposentados, houve mudanças na liderança do ministério.
Em setembro, o presidente Lula nomeou Silvio Costa Filho como titular, mantendo a promessa de dar continuidade ao projeto. Apesar das expectativas de um lançamento iminente, o atual ministro declarou que o Voa Brasil será adiado para 2024.
O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa realizada na última semana, na qual representantes de companhias aéreas comprometeram-se a oferecer trechos de viagem por até R$ 799, buscando ampliar a acessibilidade ao transporte aéreo.
De acordo com o ministério, a intenção é vender esses bilhetes mais baratos fora da alta temporada, em dois períodos: de fevereiro a junho e de agosto a novembro, quando tradicionalmente ocorre uma ociosidade média de 21% nos voos domésticos.
Os participantes poderão comprar até duas passagens por ano, com direito a um acompanhante em cada trecho. Os bilhetes deverão ser pagos em até 12 vezes com juros, no valor de até R$ 72 para cada prestação.