Foi confirmado pelo governo federal que a revisão de dados do Cadastro Único rendeu a exclusão de 1,7 milhões de inscrito no Bolsa Família. Quando assumiu o poder, o presidente Lula (PT) já havia anunciado que seria realizada uma análise de todos os dados repassados pelas famílias mais pobres para bloquear fraudes.
O governo Lula deu início a revisão do Cadastro Único no ano passado. Depois de instituições como o TCU (Tribunal de Contas da União) alertarem sobre a possibilidade de fraude nos pagamentos sociais, foi necessário aplicar o pente-fino. Com isso, milhões de cadastros deixaram de receber o Bolsa Família.
Quem foi excluído do Bolsa Família?
Um dos focos do poder público ao dar início no processo de pente-fino foi averiguar a entrada de famílias unipessoais, isso é, compostas por uma única pessoa. Tudo porque, dentro do Bolsa Família o total de famílias com essa composição saltou de 1,84 milhão em 2028 para 5,88 milhões em 2022.
Diante disso, no último ano foram excluídas do programa:
- 1,7 milhão de famílias unipessoais (compostas por uma pessoa) que recebiam o benefício de forma fraudulenta;
- O motivo da exclusão tem haver com o limite de renda, ou o fato de fazerem parte de uma família maior do que aquela informada no Cadastro Único.
O TCU levantou o alerta de que muitos titulares estavam desmembrando suas famílias para que mais de uma pessoa do mesmo grupo pudesse receber o auxílio.
Famílias unipessoais não podem mais receber o Bolsa Família?
As pessoas que moram sozinhas não são impedidas de receber o Bolsa Família. O que o Ministério do Desenvolvimento Social justifica é que elas somente poderão ser beneficiadas se atenderem aos critérios de entrada no programa.
Dito isso, para que possam se beneficiar da ajuda de R$ 600 é necessário que:
- Estejam dentro do Cadastro Único;
- Tenham renda de até R$ 218 por mês;
- O governo aprovou o limite de 16% de famílias unipessoais dentro do total de beneficiários pelo programa por município.