Fora de operação desde 2015, a Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), também conhecida como raspadinha, voltará a ser comercializada pela Caixa Econômica Federal (CEF). A distribuição das apostas deve começar em março, com prazo de vigor de dois anos. Veja mais sobre.
Vale lembrar que a modalidade havia sido suspensa em 2015. No entanto, um decreto de agosto, assinado pelo presidente Lula, voltou a permitir a comercialização. Em dezembro, o governo autorizou uma operação emergencial, que será colocada em prática em 2024.
“Há cinco anos, apenas a Caixa tinha rede de distribuição suficiente para a Lotex. Como o governo passado havia dado o edital para a Caixa fazer, ela não poderia participar. Vamos lançar o edital de licitação para outras empresas, mas já soltamos o (edital) emergencial”, disse Francisco Manssur, assessor especial do Ministério da Fazenda.
Com o ‘pontapé’ dado, a operação da Caixa ocorrerá até que a licitação de empresas interessadas seja aberta e finalizada pelo governo. O projeto do banco para retomada da distribuição nacional deve ser entregue ao Ministério da Fazenda até o fim de janeiro. As raspadinhas estarão nas lotéricas até março.
O que são as ‘raspadinhas’ da Caixa?
Elas foram criadas ainda em 1990. As raspadinhas eram bilhetes que apostadores podiam comprar em casas lotéricas. Ao raspar um campo, o apostador sabia na mesma hora se tinha ganhado um prêmio em dinheiro, a depender da imagem revelada no cartão.
Em 2015, no entanto, o jogo foi suspenso após determinação da Fazenda. No mesmo ano, uma lei criou a Lotex, redefinindo o modelo de jogo. Mas foi somente em 2018 que o governo regulamentou a lei que instituiu a Loteria Instantânea.
Pelas regras, as apostas podem ser feitas por meio de bilhete físico ou virtual. As operações precisam ser aprovadas pelo Ministério da Fazenda. Durante o governo de Jair Bolsonaro, houve duas tentativas de transformar a Loteria Instantânea em iniciativa privada, mas sem sucesso.