- O programa Voa Brasil deve começar em fevereiro;
- Serão dois públicos beneficiados inicialmente;
- As passagens para trechos nacionais serão vendidas a R$ 200.
O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou que até o início do próximo mês será lançado o Voa Brasil. O programa que já havia sido mencionado por Márcio França no último ano, agora parece que finalmente sairá do papel. Seu grande trunfo é liberar passagens aéreas por R$ 200.
O programa Voa Brasil foi anunciado pela primeira vez em 2023, quando Márcio França ocupava o cargo de ministro dos Portos e Aeroportos. A proposta inicial era tornar as viagens aéreas mais democráticas, focando em pessoas que nunca viajaram de avião ou que há muito tempo não usam esse meio de transporte.
Durante a pandemia as passagens aéreas subiram de preço de forma elevada. No entanto, chamou atenção o fato do item ter subido 23,7% em outubro de 2023 na comparação com o mês anterior e acumulado alta de 37,17% nos últimos dois meses. Ou seja, ficou mais caro andar de avião.
Os consumidores com menor poder aquisitivo optavam por viagens de via terrestre, e alguns que tinham como destino apenas lugares turísticos acabavam dispensando o passeio. Diante disso, a ideia é que o Voa Brasil possa voltar a incentivar o uso de avião como meio de se transportar.
A expectativa é de que 21 milhões de pessoas possam ser atendidas, sendo que inicialmente o público-alvo do programa são dois grupos em específico. Para que o sistema dê certo o governo deve contar com a parceria das companhias aéreas que reservarão assentos com esse intuito.
Quem pode comprar passagens pelo Voa Brasil?
Quando o programa começar, em meados de fevereiro, as passagens aéreas do Voa Brasil serão destinados a dois grupos específicos. A ideia é priorizar as baixas que vivem com a menor renda e que por isso ainda não haviam se dado a oportunidade de viajar de avião.
Com o valor de R$ 200 por trecho, preço próximo ao que é cobrado em passagens de ônibus, o governo acredita que mais pessoas farão essa opção.
“O Brasil tem 200 milhões de habitantes e 30 milhões de CPFs, apenas, que viajam de avião. Com o Voa Brasil, vamos incluir novos CPFs, que vão ter a oportunidade de viajar por meio do programa“, disse Costa Filho. Serão beneficiados:
- Aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) com renda de no máximo dois salários mínimos – 20,8 milhões de pessoas;
- Estudantes que são bolsistas pelo ProUni (Programa Universidade para Todos) – 600 mil pessoas;
- Beneficiário que não tenha viajado de avião nos últimos 12 meses.
Voa Brasil será um programa permanente?
De acordo com as primeiras informações passadas pelo ministro Silvio Costa Filho, o programa Voa Brasil terá início, meio e fim. Ou seja, ele não será uma política permanente de reserva de assentos em cada trecho de viagem.
Não foi informado quantos bilhetes ficarão disponíveis, porque a ideia é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é que passe essa informação. Ainda assim a expectativa é de que sejam em torno de 6 milhões de bilhetes disponíveis para retirada.
A validade é par viagens nacionais, e conforme dito no último ano a reserva será para assentos que estariam “sobrando”. Isso significa que as passagens mais baratas vão priorizar voos feitos em dias úteis e em horários de menor procura.
Onde comprar passagens de R$ 200 pelo Voa Brasil?
Segundo o governo federal as passagens áreas do Voa Brasil não serão compradas direto com as companhias. Será criado e publicado um site em que os interessados poderão se cadastrar para comprar um dos bilhetes disponíveis.
Farão parte deste programa companhias como: Azul, Gol e Latam. As empresas devem disponibilizar os assentos conforme a logística dos seus voos, e cadastrá-los nesta plataforma. Os consumidores poderão então escolher por qual companhia vão voar, o trecho desejado, horário e data preferida.
Costa Filho ainda mencionou que o governo tem criado estratégias para diminuir o preço das passagens para o público geral. São ações como: baratear o querosene de avião, reduzir o número de processos envolvendo companhias aéreas e ampliação de crédito para empresas.