Entregadores de aplicativos em GREVE relatam EXPLORAÇÃO por parte das empresas

Paralisou tudo! Os entregadores de aplicativos anunciaram a adesão a uma greve nacional. A iniciativa visa pressionar as empresas e o Governo Federal a implementarem melhorias nas condições de trabalho desta categoria.

Entregadores de aplicativos em GREVE relatam EXPLORAÇÃO por parte das empresas
Entregadores de aplicativos em GREVE relatam EXPLORAÇÃO por parte das empresas. (Imagem: FDR)

As principais reivindicações que motivaram a greve dos entregadores de aplicativos são a remuneração mínima, saúde e segurança para a categoria. A paralisação se inicia nesta sexta-feira, 29, e segue até este domingo, 1º de outubro. 

Os entregadores de aplicativos já completaram 120 dias de tentativas de negociação junto às empresas do setor, como o iFodd, Rappi, Amazon, Uber, Zé Delivery, Mercado Livre e várias outras.

Os trabalhadores alegam ser menosprezados pelos representantes da classe, como os sindicatos de motofrete e representantes do Grupo Tripartite do Governo Federal.

“Até aqui, as empresas de app promoveram a maior precarização trabalhista jamais vista no país, onde fogem de todas as responsabilidades sociais, negam reiteradamente aumentos nas entregas, sendo sete anos sem reajuste, e exploram os entregadores que não têm outra alternativa a não ser permitir esse abuso”, declararam. 

GOVERNO LULA DECLARA GUERRA CONTRA APLICATIVOS DE ENTREGA E TRABALHADORES SERÃO AFETADOS

Entregadores de aplicativos fazem apelo ao Governo Federal

A categoria também fez um apelo ao Governo Federal pelo fim da precarização trabalhista e o aumento de acidentes em virtude da exploração das empresas. Dados de uma pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento indica que, um a cada quatro trabalhadores da categoria já sofreu pelo menos um acidente durante a prestação de serviços. 

Os acidentes entre entregadores de aplicativos se tornaram cada vez mais frequentes. Segundo o Infosiga SP, mais de 40% dos acidentes de trabalho atingem estes profissionais. De acordo com os trabalhadores, as empresas não promovem nenhum auxílio, uma vez que geram o desequilíbrio do setor de entregas rápidas. 

Os impasses se caracterizam pelo não pagamento dos impostos e direitos trabalhistas, não cumprimento das Leis Federais 12.009, 12.997 e 12.436. Além disso, sonegam impostos e promovem a concorrência desleal em relação às empresas tradicionais express, que cumprem as responsabilidades sociais e trabalhistas. 

Lula se posiciona sobre clamor dos entregadores de aplicativos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um comunicado curioso a respeito dos direitos trabalhistas dos entregadores de aplicativos. Na última segunda-feira (25), o chefe do Executivo Federal disse que não pretende fazer nenhuma imposição às plataformas para que assinem a carteira de trabalho dos prestadores de serviços. 

O posicionamento de Lula chamou a atenção após o presidente afirmar que lutaria bravamente pelos direitos trabalhistas dos entregadores de aplicativos. A pauta, inclusive, fez parte das promessas de campanha que o elegeram ao terceiro mandato presidencial. 

“Essa gente tem que ser tratada com respeito. O que nós queremos é isso, não é que nós queremos obrigá-los a trabalhar com uma carteira assinada. Ele tem o direito de querer ser empreendedor individual, mas ele também tem o direito de ser tratado de forma decente”, disse Lula.

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Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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