Entregadores de aplicativo anunciam GREVE e você deve saber os motivos

Desde a última semana os entregadores de aplicativo estão anunciando uma greve geral. O motivo é a falsa de consenso entre o valor a ser recebido por hora na prestação de serviços pelos aplicativos. As empresas defendem uma quantia abaixo do que os profissionais da categoria pediram.

Entregadores de aplicativo anunciam GREVE e você deve saber os motivos
Entregadores de aplicativo anunciam GREVE e você deve saber os motivos (Imagem: FDR)

Nesta sexta-feira (29) quem pretende pedir uma refeição no iFood, Rappi ou qualquer outra plataforma de comida, vai ter uma surpresa desagradável. É que os entregadores de aplicativo estão em greve e por isso as chances de conseguir uma entrega rápida nos grandes centros são quase que nulas.

Na rede social X, antigo Twitter, já existe a hashtag #nãochameoiFood no dia de hoje (29). O grande objetivo é fazer com que as plataformas reconheçam a importância dos motoboys e ciclistas que prestam este serviço. Já que eles pedem por mais reconhecimento e uma remuneração maior, e não estão conseguindo.

Desde o início do ano o governo federal deu início a um grupo de trabalho, sob comando do Ministério do Trabalho e Emprego. O grupo conta com representantes dos entregadores de aplicativo, das plataformas e do próprio governo. A ideia é discutir a regulamentação deste serviço.

No entanto, eles não estão chegando a nenhum acordo porque as propostas não se coincidem. Inicialmente a ideia era de que a greve ocorresse no dia 18 de setembro, mas esperançosos por uma nova conversa e a possibilidade de acordo, os representantes da categoria resolveram esperar até hoje (29).

Qual o motivo da greve dos entregadores de aplicativo?

A grande razão para a greve dos entregadores de aplicativo que deve durar até domingo, 1 de outubro, é o valor que as empresas querem pagar pela hora de serviço. Os próprios profissionais reivindicam que desde que a profissão se popularizou a quantia paga por trabalhador caiu, chegando a R$ 10 em 2023.

De acordo com a Associação dos Motofretistas Autônomos do DF (Amae-DF), a categoria quer o pagamento de remuneração de R$ 35 para motoboys, e R$ 29 para os ciclistas pela hora logada. Isso significa que eles querem receber pelo período que estiverem online na plataforma esperando uma nova viagem.

Em contrapartida, as plataformas querem pagar R$ 17 aos motoboys e R$ 7 aos ciclistas, isso por hora trabalhada. Quer dizer, apenas enquanto estiverem fazendo uma viagem pelo App. A justificativa é de que os profissionais podem ficar logados em mais de uma plataforma ao mesmo tempo.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
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