Governo volta atrás sobre ISENÇÃO na cobrança de impostos em compras online

Recentemente, o Governo Federal anunciou que as compras online realizadas em sites internacionais no valor máximo de US$ 50 receberiam a isenção da taxação pela Receita Federal.

Governo volta atrás sobre ISENÇÃO na cobrança de impostos em compras online
Governo volta atrás sobre ISENÇÃO na cobrança de impostos em compras online. (Imagem FDR)

Além disso, ficou definido que as empresas internacionais que passarem a atuar também receberão alguns benefícios como maior agilidade na entrega das compras. No entanto, recentemente, um anúncio do Ministério da Fazenda colocou o caso em xeque.

A isenção poderá deixar de existir caso o Governo Federal comprove que as empresas internacionais que recebem o benefício promovem uma concorrência desleal com relação às iniciativas empresariais nacionais. A informação foi dada pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, nesta quarta-feira (20).

De acordo com Durigan, a equipe do Ministério da Fazenda continua avaliando se a medida de isenção dos impostos para compras de até US$ 50 afetam de forma desleal empresas que também atuam de forma online no país.

Entenda como a isenção impacta os comércios locais

Desde que a medida de isenção do imposto foi anunciada, os comerciantes brasileiros que também atuam no varejo online passaram a reclamar sobre uma deslealdade na concorrência.

O programa do Remessa Conforme, além de zerar a alíquota de importação para determinadas compras, também estabelece uma série de benefícios para as empresas que aderem à iniciativa.

Até o momento, algumas gigantes internacionais já solicitaram a entrada no Remessa Conforme, entre elas grandes varejistas como a Shein, Shopee, Amazon e AliExpress.

Nos últimos anos, o alto volume de compras realizadas pelos brasileiros nessas plataformas acendeu o alerta no Governo Federal e nos comerciantes locais, que tiveram suas vendas reduzidas.

Essa mudança no comportamento do consumidor passou a afetar a economia brasileira, já que o lucro obtido pelas empresas internacionais não circula no Brasil. Além disso, sem a taxação das compras, a Receita Federal também deixava de arrecadar impostos para o país, trazendo assim uma série de prejuízos para os cofres públicos.

Por isso, o Governo Federal optou em regularizar a situação com a criação do Remessa Conforme. O objetivo é estimular o investimento das empresas no Brasil, além de permitir uma concorrência leal com as iniciativas empresariais que já existem no país.

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Danielle SantanaDanielle Santana
Jornalista formada pela Universidade Católica de Pernambuco, já atuou como repórter no Jornal do Commercio, Diario de Pernambuco e Folha de Pernambuco. Nos locais, acumulou experiência nas editorias de economia, cotidiano e redes sociais. Possuí experiência ainda como assessora de imprensa.
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